Soja ainda caminha de lado em Chicago nesta 4ª e preços nos portos do Brasil permanecem estáveis
Os preços da soja seguem trabalhando com estabilidade na Bolsa de Chicago no início desta quarta-feira (28), ainda caminhando de lado e sem uma direção claramente definida. Mais cedo, os preços até testaram o lado positivo da tabela, porém, muito rapidamente. Assim, perto de 12h50 (horário de Brasília), os contratos mais negociados recuavam entre 0,50 e 1,25 ponto, com o março valendo US$ 11,30 e o maio, US$ 11,40. Já o agosto subia 0,75 ponto para US$ 11,48 por bushel.
O mercado segue, de acordo com analistas e consultores de mercado, sem uma direção bem definida e precisando de novas notícias.
Ontem, os preços subiam de forma bastante expressiva durante todo o dia, porém, os rumores de que a China teria cancelado compras de soja nos EUA para trocar por produto da Argentina, para embarque abril, sinalizando ainda mais que a oleaginosa americana está cara no mercado internacional. O cenário sinaliza essa baixa demanda pelo produto dos EUA e pressiona Chicago.
Ao mesmo tempo, os traders monitoram a demanda de uma forma geral - com a China ativa no mercado, porém, em um ritmo ainda mais contido do que em anos anteriores - a conclusão da safra sulamericana, as perspectivas para a nova norte-americana e o quadro macroeconômico.
No complexo soja, os futuros do óleo perdiam mais de 1%, com o primeiro contrato sendo negociado a 45,01 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o farelo registrava alta de 1,1% para US$ 328,60 por tonelada curta.
Como explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, o momento atual é de pico da colheita e pico de entrega de contratos, o que limita um potencial de recuperação dos preços. "Sem uma presença mais firme de compras dos chineses, o mercado não tem argumento, de curto prazo, para alta. Para a Argentina, já tem previsão de chuvas para o final de semana, há problemas por lá, mas vai colher uma safra grande", diz.
Enqunanto isso, os preços no mercado brasileiro também mantêm-se pressionados, tanto no mercado interno - entre as referências de balcão - e nos portos. A depender da região, os valores oscilam de R$ 95,00 a R$ 106,00, testando até R$ 108,00 por saca. No mercado de lotes, o spot no porto de Rio Grande tem R$ 118,00; junho com R$ 120,00 e R$ 123,00 no julho. Em Paranaguá, R$ 116,00 no spot março e R$ 123,00 no julho, em ambos os terminais, preços estáveis nesta quarta, segundo levantamento da Brandalizze Consulting.
"O prêmio teve leve melhora", explica o consultor, justificando esse quadro estável nos preços nos portos, apesar das oscilações - quase sempre negativas - na Bolsa de Chicago.
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