Soja perde mais de 1% em Chicago acompanhando perdas intensas do óleo e dos grãos nesta 4ª
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O mercado da soja acelera seu movimento de baixas na Bolsa de Chicago no início da tarde desta quarta-feira (28), acompanhando perdas mais intensas que se observam também entre os futuros do óleo, que caem quase 2% na tarde de hoje. Assim, as cotações do grão recuavam entre 11,25 e 12,25 pontos nos principais vencimentos, com o julho de volta aos US$ 10,50 e o setembro a US$ 10,30 por bushel.
No óleo, com as perdas intensificadas, o julho era negociado a 48,71 cents de dólar por libra-peso e o setembro a 49,05 cents/lb. O mercado do derivado ainda sofre com as incertezas sobre o mercado de biocombustíveis nos EUA e sobre os novos passos do governo Trump sobre o assunto. O óleo, segundo explicam os analistas e consultores de mercado, segue como o vetor mais volátil do complexo soja.
Além do óleo, caem ainda os preços do farelo e do milho, que perde forte e recua mais de 1%, depois de ter iniciado o dia em campo positivo.
Parte da pressão vem dos derivados e dos grãos, porém, trata-se também de um dia de ajustes e realização de lucros, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. "É um dia de liquidação, mas não uma tendência. Tem ambiente para melhorar e tem muita coisa pra acontecer no mercado climático, falta ainda o crítico do mercado climático".
O mercado tem caminhado de lado, tendo voltado do feriado do Memorial Day nos EUA sem muitas novas notícias, ainda de olho nas condições de clima do Meio-Oeste americano e no avanço da nova safra norte-americana.
Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe a atualização do plantio, que chegou a 76% da área até o último domingo (25). Há um ano, este número era de 66% e a média para o período de 68%. O estado de Illinois, maior produtor da oleaginosa nos EUA, tem já 71% de área plantada, contra 69% de média. O reporte traz também 50% das lavouras de soja tendo germinado, contra 34% da semana anterior, 37% do ano passado e 40% da média plurianual. E sobre a oleaginosa ainda não apontou sobre as condições dos campos.
As relações comerciais dos EUA, a demanda chinesa - que segue concentrada no Brasil - e o financeiro também estão no radar do mercado.
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