Clima frio e seco vai intensificar colheita de soja na Argentina
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BUENOS AIRES (Reuters) - As condições de clima seco e frio esperadas para os próximos dias ajudarão a secar os campos agrícolas da Argentina, permitindo que os produtores intensifiquem a colheita de soja atrasada após repetidas chuvas, informaram as bolsas de Buenos Aires e Rosário nesta quarta-feira.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja, mas as fortes chuvas em regiões agrícolas importantes paralisaram a colheita da oleaginosa, levantando preocupações sobre possíveis perdas de rendimento. O governo estima que a safra de soja de 2024/25 seja de 49 milhões de toneladas métricas.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC) disse que haverá um influxo de ar frio que reduzirá as temperaturas, com possível geada em algumas áreas de produção.
"São condições frias esperadas que podem ajudar a secar ainda mais a safra e melhorar as condições para a colheita da soja", disse Cristian Russo, chefe de estimativas agrícolas da Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), à Reuters.
"Após as chuvas, elas podem ser um fator positivo para a recuperação desses campos e sua colheita", acrescentou.
De acordo com o último relatório de progresso da colheita da bolsa de Buenos Aires, a colheita de soja em partes do norte da província de Buenos Aires estava entre 9 e 20 pontos percentuais atrás do ritmo do ano passado. Até a semana passada, 74,3% da safra nacional de soja havia sido colhida.
"A maior parte da área agrícola da Argentina receberá pouca ou nenhuma chuva (menos de 10 milímetros)", disse a bolsa em seu relatório agroclimático semanal.
(Reportagem de Maximilian Heath)
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