Soja nos portos do Brasil sobe acima das cotações de Chicago

Publicado em 12/10/2010 09:13 e atualizado em 12/10/2010 14:15

As negociações com soja continuam em alta nesta terça-feira, com preços acima de dois digitos sobre os fechamentos de segunda-feira. As cotações mantem-se em alta desde o raly iniciado na sexta-feira, quando os preços alcançaram o limite de alta (veja as cotações abaixo). Incluindo-se os premios no porto de Paranaguá, as cotações da soja para o Brasil (vencimentos março e maio) já ultrapassam 12 dólares por buschell (22,7 kg). 


Já o milho e o trigo trabalharam em território negativo durante o pregão eletrônico. Mas os preços do milho voltaram a subir mais de 15 cents no pregão normal com a decisão do governo dos EUA em autorizar o aumento da adição de etanol na gasolina de 10 para 15%. 



Confira as cotações durante o pregão da madrugada em Chicago:


seta_cima_MF.png Soja (Nov/10)
1161.25
8.75
seta_cima_MF.png Soja (Mar/11)
1182.50
10.25
seta_cima_MF.png Soja (Maio/11)
1188.00
10.50
seta_cima_MF.png Soja (Jan/11)
1172.25
9.25


Prêmios para soja disponível no Porto de Paranaguá


seta_dir_MF.png Mar/11
 
+ 62
seta_dir_MF.png Mai/11
 
+ 30


Na segunda-feira, as cotações de soja fecharam com ganhos expressivos na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), alcançando seu mais alto nível dos últimos dois anos. Esse avanço foi atribuído à continuação do excepcional rally de alta da última sexta-feira. Estima-se que os fundos de especulação tenham comprado cerca de 6.000 lotes futuros (816.000 toneladas) de soja.  


Os traders em Chicago acreditam que as cotações futuras mais altas da oleaginosa não irão diminuir a intensidade da demanda chinesa por soja. E a redução do estoque final no relatório de outubro do USDA para apenas 7,2 milhões de toneladas (em contrapartida à projeção anterior - de setembro - de algo em torno de 9,5 milhões de toneladas) indica a fragilidade do presente equilíbrio entre oferta e demanda da oleaginosa, tanto internamente nos EUA, como em termos globais.


Isto significa que qualquer problema climático de alguma gravidade nas safras novas (2010/2011) de soja da América do Sul poderá desencadear intensa especulação compradora na Bolsa Mercantil de Chicago. Embora exista a previsão de chuvas durante os dez últimos dias de outubro no Mato Grosso, o plantio de soja precoce naquele estado já está prejudicado. E não há garantia de que novos e graves riscos climáticos possam ser descartados, neste ano de La Niña. 


A percepção da acentuada fragilidade da oferta da oleaginosa poderá manter-se  durante todo o restante do ano-safra 2010/2011.



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Fonte:
Redacao NA

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