Goiás e China avançam negociações na produção de soja

Publicado em 09/11/2010 07:43
Mais um passo nas negociações do Governo de Goiás com os chineses, para atrair investimentos daquele País para a produção agrícola no Estado, foi dado no último sábado, dia 6, com a visita de uma comitiva de representantes do Ministério da Agricultura da China. Eles conheceram áreas de produção em Cristalina, especialmente onde se concentra o maior número de pivôs centrais de irrigação; sobrevoaram o traçado da Ferrovia Norte-Sul; e conheceram o projeto de irrigação Luís Alves do Araguaia, com 1,3 mil hectares de arroz.

O chefe da comitiva, Wang Ying, diretor-geral do Departamento de Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura da China, disse que são muito boas as perspectivas de negociação com Goiás, inclusive porque o Brasil e a China já são importantes parceiros comerciais no segmento da agricultura. Ele lembrou que a China compra 30% de toda a soja produzida no Brasil e esse volume tende a aumentar nos próximos anos.

Nesta segunda-feira (8) às 16h30 o Governo de Goiás assinou Termo de Cooperação com a empresa estatal chinesa China National Agricultural Group Corporation, durante solenidade no Ministério da Agricultura, em Brasília. O objetivo é acelerar as negociações que vêm sendo desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho criado pelo Governo de Goiás e integrado também por representantes das Federações da Agricultura e da Indústria de Goiás.

Avanços

Em Luís Alves, a comitiva foi recebida pelo prefeito de São Miguel do Araguaia, Ademir Cardoso dos Santos, além de vereadores, técnicos que atuam no projeto e produtores. O representante da Faeg disse que Goiás trabalha com a perspectiva de aumentar em 2 milhões de hectares a área cultivada com soja, preferencialmente ao longo do traçado da Ferrovia Norte-Sul. Para isso, serão necessários investimentos globais de US$ 7 bilhões. A maior parte poderá vir da China, em forma de investimentos diretos, pela exportação de defensivos agrícolas como fertilizantes e equipamentos, e ainda por meio de parcerias e joint ventures com empresas de Goiás e do Brasil. Outra parte dos recursos seria de produtores goianos.

O secretário do Planejamento, Oton Nascimento, afirmou que a terceira etapa do Projeto Luís Alves, que dispõe de área líquida de 5 mil hectares para plantio, poderá se tornar um projeto piloto de produção de soja. Por enquanto, o governo federal e o Governo do Estado não fizeram qualquer investimento no local, mas já há definição de território, projeto específico e licença ambiental. Isso facilita as operações, tornando a área produtiva de forma imediata, explicou Oton. Tanto que será oferecido um projeto aos chineses mostrando as vantagens do negócio. Contudo, o projeto global é muito mais abrangente, atingindo áreas em dezenas de municípios goianos ao longo do trajeto da Norte-Sul.

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Goiás Agora

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