Diante de demanda aquecida, grãos fecham em alta na CBOT
O terremoto e o tsunami que devastaram o Japão matou milhares de pessoas e deixou outros milhões sem água e eletricidade.
O país, que é o principal importador mundial de milho e o segundo maior comprador de trigo, poderá aumentar sua necessidade de compras de modo a garantir seus estoques de alimentos.
"Nós vemos qualquer impacto negativo ou limitação no comércio de grãos enquanto os portos no sul do país, que controlam a maior parte das importações agrícolas japonesas, não voltarem ao seu pleno funcionamento", disse Hussein Allidina, estrategista de commodities do banco Morgan Stanley.
Além do possível aumento nas compras do Japão, o mercado ainda encontra sustentação nos fundamentos, que continuam os mesmos e positivos.
Segundo o analista de mercado Pedro Dejneka, da R.J. O'Brien, os preços devem se manter sustentados até o final de março frente a estoques apertados e demanda bastante aquecida. Dejneka lembra ainda que no próximo dia 31, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga um importante relatório sobre o plantio para a safra norte-americana 2011/12.
Diante desse cenário, o analista acredita que os preços tanto da soja, como também do milho e do trigo devem continuar subindo e aposta ainda em uma retomada dos patamares até o final deste mês.
Para o produtor, a orientação é de que não faça vendas no momento, que acredite nos fundamentos e em uma recuperação nos preços e aguarde.
"Acredito que os fundamentos, no curto prazo irão reinar, e trazer de volta ao mercado esta tendência de alta", explica Dejneka.
Veja como ficaram as cotações no fechamento desta segunda-feira em Chicago: