Uso de mais variedades eleva a produção de soja
Segundo Carlos Pitol, engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação MS, a safra 2010/2011 marcou um bom ano para a cultura da soja, principalmente em termos de clima, onde os índices dos resultados foram elevados e consistentes.
Como tínhamos mais de 60 variedades sendo avaliadas nas diferentes épocas e em diferentes locais, temos muita informação sobre o comportamento de cultivares de soja, o que nos permite abordar com segurança a respeito das variedades que têm tido um comportamento melhor — afirma o engenheiro.
Além das variedades que a Fundação já vinha cultivando, algumas variedades como a BMX Turbo, a Syngenta 1059, a STS Júpiter apresentaram resultados muito bons. De acordo com ele, a Fundação realizou pesquisas em nove locais do estado do Mato Grosso do Sul.
A gente avaliou, no decorrer do ciclo, alguma ocorrência de doença, com exceção da ferrugem, que ataca todas as variedades. A principal doença hoje é a mancha alvo, doença foliar difícil de controlar. Portanto, temos feito avaliações sobre a incidência dessa doença — explica.
Pitol diz ainda que foram feitas avaliações no quesito pré-colheita em relação ao ciclo, porte das plantas e acamamento. Já no período de colheita, foi avaliada também a produtividade e a qualidade de grãos. Também foi analisada a questão da estabilidade da produção.
O produtor deve buscar adequar a variedade às características de solo, tanto em termos de acidez da área, quanto de fertilidade. Então, ele deve plantar a melhor variedade para cada produção. Isto em função também da época de semeadura da soja. Ele também deve estar atento ao número da população — orienta o engenheiro.
Ele diz que, atualmente, existe um número expressivo de variedades de soja que podem aumentar a produtividade. Portanto, para ele, é necessário que o produtor abra espaço para a utilização dessas novas variedades. O produtor não pode correr riscos pensando em colher bem e, ao mesmo tempo, usar apenas uma variedade — conclui.