Previsão de chuvas nos EUA e recuo da demanda pressionam soja e milho
A principal região produtora do país, nas últimas semanas, sofreu com uma onda de calor acima do normal que atingiu as lavouras norte-americanas. Agora, o que se espera é que essas precipitações previstas para o Corn Belt possam aliviar o efeito desse tempo quente e seco dos últimos dias.
Diante disso, os traders seguem atentos às previsões climáticas e também às condições das lavouras dos EUA. O país precisa de uma safra de grande volume para poder reabastecer seus estoques, os quais estão em níveis historicamente baixos para equilibrar os preços.
Entretanto, não foi só uma possível melhora das condições climáticas nos Estados Unidos que exerceram uma pressão negativa sobre os preços, mas também a fraca demanda pela soja norte-americana.
Segundo analistas, as cotações em patamares bastante altos já aponta os sinais de um ligeiro desaquecimento do apetite por compras.
Os números divulgados no relatório de registro de exportações reportado hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) confirmou isso e trouxe as vendas semanais de soja bem abaixo das expectativas do mercado, fato que também pesou sobre o mercado na CBOT.
Esse mesmo relatório do USDA pressionou os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago. O cereal fechou a quinta-feira em baixa refletindo a fraca demanda pelo produto norte-americano, que também registrou vendas abaixo das expectativas do mercado.
Além disso, o milho também refletiu negativamente a previsão de chuvas para o cinturão produtivo dos EUA uma vez que, assim como a soja, vinha sofrendo com o intenso calor e o tempo seco.
Essa espera por melhora nas condições climáticas, segundo analistas, pode ser um dos motivos para um recuo das compras por parte países consumidores do grão já que as preocupações com o clima são menores, a princípio, e a urgência para garantir as ofertas já não é tão séria.
Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago:
>> SOJA
>> MILHO
>> TRIGO