Em Chicago, soja se recupera e registra altas de dois dígitos
A expectativa é de que por conta das adversidades do clima norte-americano as safras sejam menores do que o esperado e sigam sustentando os preços. Os problemas que mais preocupam são os ligados ao plantio do trigo de inverno que, em função da severa estiagem, possa apresentar uma área de plantio menor do que o estimado anteriormente.
Já no caso do milho, a produtividade das lavouras dos EUA foi seriamente comprometida e a baixa foi confirmada no último relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
"No caso do milho, há muitos operadores debatendo no mercado a possibilidade de se ter rendimentos no milho ainda mais baixos do que os apresentados pelo USDA. O cereal segue com um sentimento altista muito preocupado com o rendimento dessas lavouras que serão colhidas em dois, três meses", disse o consultor da FCStone, Glauco Monte.
No caso da soja, o estágio de definição está acontecendo agora e por enquanto vem garantindo o potencial mínimo de produção. Entretanto, a relação de oferta x demanda segue bastante apertada e deve continuar sendo fator de estímulo ao avanço dos preços em Chicago.
"Os números do USDA estão sendo mais bem aceitos pelo mercado como números mais corretos. E como teve um alívio no clima, as temperaturas ficaram mais amenas em algumas regiões, os operadores acabaram tirando um pouco aquela pressão altista da oleaginosa", explicou o consultor.
Além dos fundamentos, movimentos técnicos do mercado, com ajuda do bom humor do mercado financeiro, também impulsionam as altas. A alta do petróleo contribui para o avanço.