Área cultivada com soja deve crescer 3,4% em Mato Grosso

Publicado em 30/08/2011 14:16
Incremento deve ser registrado principalmente em locais que antes eram ocupados com pastagem.
Com a conclusão da colheita do milho safrinha as atenções no campo voltam a ser direcionadas para a soja. No dia 15 de setembro termina o período do vazio sanitário em Mato Grosso e os produtores já estarão autorizados a dar início ao cultivo do grão. Enquanto isso, as previsões confirmam o otimismo do setor. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) prevê uma expansão de 3,4% na área plantada. Serão pelo menos 217 mil hectares a mais que o espaço destinado às lavouras na última safra, que ocuparam 6,412 milhões de hectares no Estado.

Segundo o superintendente do Imea, Otávio Celidônio, o nordeste do Estado é uma das regiões que mais deve ampliar as áreas destinadas à soja.

A perspectiva otimista para a safra é o principal motivo deste aumento. Até agora, 33% da produção prevista já foram comercializados. Quase 8% a mais que o volume negociado no mesmo período do ano passado. Os produtores estão animados com os preços pagos pelo grão, que atualmente estão na faixa de R$ 40 a saca.

De acordo com o produtor rural Nelson Piccoli a rentabilidade deve ser boa, já que existe perspectiva de que a safra americana não seja tão cheia. Segundo ele, a Europa e principalmente a China devem manter ou ampliar as importações do grão, o que promoverá alta nos preços.

Apesar da previsão de avanço no espaço destinado à soja, a classe produtora esclarece que esta expansão não irá ocorrer sobre novas áreas. O setor enfatiza que as novas lavouras vão ser plantadas em terras que antes eram ocupadas com pastagem, dando sequência a um movimento de conversão que ainda pode crescer muito no Estado.

Em Mato Grosso existem pelo menos 9 milhões de hectares de pastagem que podem ser transformados em áreas agrícolas. O produtor rural de Sorriso (MT), Nelson Piccoli, já converteu pasto degradado em áreas de soja. Nesta safra ele irá plantar 950 hectares com o grão, mesmo espaço cultivado no ano passado. Só não irá ampliar a lavoura por falta de terra disponível. Segundo dele, as plantações poderiam aumentar ainda mais, caso houvesse incentivos para os produtores converterem áreas degradadas. O custo varia de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil por hectare.

Piccoli comenta que faltam recursos de financiamento e também agilidade dos órgãos ambientais, que travam o setor.

Caso a previsão de área cultivada se confirme e o desempenho das lavouras seja favorável, a produção de soja em Mato Grosso deve passar de 21 milhões de toneladas.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Canal Rural

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário