Aumento da aversão ao risco derruba futuros da soja em Chicago

Publicado em 20/09/2011 07:55
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Esta análise refere-se ao pregão futuro de dezenove de setembro de 2011. Nesta segunda-feira, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos da Bolsa Mercantil de Chicago (CME) fecharam com perdas expressivas, conforme a tabela acima. A acentuada valorização do Dólar norte-americano (vide o terceiro gráfico abaixo) e a forte quebra dos preços de ações de capital em bolsas de valores contribuíram para assegurar a continuidade do padrão de vendas especulativas de posições compradas em commodities que vigorou na semana passada.

Tudo isso por sua vez resultou também, dentre outros fatores, da novamente agravada preocupação com a economia global e da crescente aversão a riscos - dentre os quais também os riscos inerentes a excessivos posicionamentos especulativos em commodities futuras. O relatório divulgado na última sexta-feira pela agência reguladora norte-americana de bolsas de futuros (CFTC) sobre as posições dos compromissos assumidos pelos diversos tipos de traders de mercadorias negociadas a futuro - no último dia treze de setembro - ajudou a reativar de forma agressiva a retomada da tendência de efetuar vendas de liquidação de posições especulativas compradas (em soja e em outras commodities). O vencimento futuro Novembro/2011 da oleaginosa atingiu o seu mais baixo nível, desde doze de agosto de 2011.

Por sua vez, a seção oeste do Cinturão de Milho e de Soja dos EUA está em vias de tornar-se mais seca e isso favorecerá o aceleramento da colheita da oleaginosa, nesta semana. Dessa forma, rapidamente ocorrerá o crescimento da oferta norte-americana de soja de safra nova (2011/2012), no mercado disponível (cash market). Este é um dado de natureza baixista. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou que o total de soja estadunidense exportada na semana passada não passou de 272.346 toneladas. Isto situou-se em linha com as expectativas do mercado, mas ficou abaixo da quantidade mínima semanal necessária para que venha a ser confirmada a projeção (efetuada pelo próprio USDA) de exportação total da oleaginosa, durante o ano-safra 2011/2012, isto é, 751.149 toneladas.

Alguns traders reportam margens mais altas de processamento de soja na China e apontam tal fato como possível indicador de maior demanda chinesa (da oleaginosa), no curto prazo. A ASA - Associação Norte-Americana de Soja - acredita que as importações chinesas de soja venham a crescer 5 % no próximo ano, devido às crescentes demandas de carne suína e de carnes de aves, no referido país. Este é um dado de natureza altista.

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Fonte:
SojaNet

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