Soja: cotações fecham no vermelho, mas longe das mínimas do dia.

Publicado em 01/12/2011 13:44 e atualizado em 01/12/2011 18:11
Os contratos futuros de soja  se afastaram das mínimas cotações do dia e acabaram encerrando com pequenas baixas. Em dia de relatório semanal de exportações do USDA, destaque para a fraca demanda pelo grão norte-americano, que apesar de vir dentro das expectativas , ficou bem próximo da projeção mínima do mercado.
De acordo com o USDA, os EUA exportaram 489,6 mil toneladas de soja na última semana ,bem abaixo das 921,6 mil toneladas exportadas na semana anterior.
As cotações também sentiram o peso dos desdobramentos no cenário externo, com a queda dos mercados acionários e petróleo. Segundo Samuel Garcia, analista de mercado da Hencorp Commcor, se não houver um entendimento de que a crise na zona do Euro tem solução, o mercado financeiro vai continuar volátil e influenciando nas negociações de commodities. Hoje, por exemplo, o dia foi marcado pela volatilidade. Após fechamento do pregão noturno com leves altas, os preços chegaram a trabalhar em alta nos primeiros momentos da sessão , mas não demoraram a operar no vermelho,com a soja perdendo mais de 10 pontos nos principais vencimentos por volta das 14h30 (horário de Brasília).

O mercado de grãos, como explicou Vinícius Ito, analista de mercado da Jeffrey's Corretora, de Nova York, vem acompanhando a movimentação e o desempenho do financeiro, o qual ainda não apresentou soluções concretas para a crise econômica que assola importantes economias do mundo, principalmente na Europa.

O que se apresentou ontem e hoje pelos principais bancos centrais globais em uma ação coordenada - medidas que possam trazer mais liquidez ao mercado - foi apenas um "alívio de curto prazo, e não a cura para a doença", completa Ito. O anúncio trouxe euforia ao mercado, porém, se confirmou como algo momentâneo.

As incertezas que se mantêm entre os negócios fazem com que os investidores e especuladores se continuem avessos ao risco, promovendo mais um dia de liquidação de posições, estimulando o recuo do mercado visto no pregão diurno de hoje. "O mercado sobe com alguma recompra, mas não mantém esse suporte", disse o analista.

Fundamentos - Entre os fundamentos também não há novidades e muito menos positivas. O que se vê é apenas uma demanda desaquecida. A China, principal importadora mundial de milho, segue comprando soja, porém, em níveis muito menores do que os registrados no mesmo período do ano passado.

As exportações semanais de grãos - soja, milho e trigo - dos Estados Unidos já vêm apresentando números não muito bons e hoje foram confirmados pelo relatório de registro de exportações do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O boletim apontou que as vendas das três principais commodities negociadas em Chicago ficaram dentro das expectativas do mercado, porém, bem próximas das projeções mínimas. Os números, portanto, confirmam essa demanda menos aquecida em um período em que geralmente as compras são mais volumosas, já que os Estados Unidos têm a soja mais barata por conta da entrada de sua safra.

Além disso, a fraca demanda que é registrada ainda vem mudando seu foco para fornecedores da América do Sul, como Brasil e Argentina. De acordo com o analista da Jeffrey's, há rumores de que a China teria comprado de um a cinco carregamentos de soja brasileira nesta quarta-feira.

"Enquanto essa falta de interesse da demanda permanecer, o que vamos ver são altas apenas temporárias", alertou Ito.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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