Sem preço mínimo, usina Revati do Grupo Renuka vai a leilão em 18 de dezembro

Publicado em 12/11/2018 14:35

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Do ponto de vista prático, a situação do grupo Renuka e as chances dos seus credores verem alguma cor do dinheiro que lhes é devido começam ficar mais clara a partir do dia 18 dezembro. Está confirmada para esse dia o leilão da usina Revati, a primeira das duas unidades da corporação indiana que entrou em recuperação judicial há mais de 3,5 anos.

A informação foi dada pela divisão de estruturação financeira da Czarnikow - player mundial na comercialização de açúcar e etanol - e que atua assessorando o Renuka a desmobilizar seus ativos e que, provavelmente, será o passaporte para o fim dessa aventura no Brasil.

O acordo entre os credores, bancos e fornecedores (cerca de 10% do passivo aproximado de R$ 3 bilhões), foi fechado com o devedor e homologado pela Justiça em 26 de setembro. Em termos de valores, os credores que aceitaram a proposta representaram 61,82%, e em quantidade de CNPJs, 92,544%.

A Revati, de Brejo Alegre, no Noroste paulista, tinha até 90 dias para ser colocada em leilão, com propostas sendo recebidas em envelope, com as partes tendo depois mais 30 dias para aceitar ou não a melhor proposta. Não haverá preço mínimo estabelecido, também como consta do edital.

A outra unidade do grupo, a Madhú, de Promissão, com 6 milhões de toneladas de capacidade, quase o dobro de capacidade da Revati, terá até 3 anos para ser colocada a venda, seja por leilão ou adquirida por outro grupo, também sujeito a aprovação dos credores.

Enquanto esta é considerada mais problemática, por conta de sua alta ociosidade hoje (cerca de 3 milhões de toneladas), canaviais em péssimo estado e sem fornecedores, a Revati tem no seu sistema de cogeração de energia o ponto forte.

Nelson Peres, da Norplan, entidade que reúne parte dos credores da unidade, torce para que apareçam compradores com boas propostas, porque "muitos fornecedores estão necessitando desses recursos; não receberam pela cana entregue mai seus compromissos não puderam esperar.

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Por:
Giovanni Lorenzon
Fonte:
Notícias Agrícolas

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