Açúcar salta mais de 1,5% em NY nesta 2ª e se consolida acima dos US$ 17 c/lb

Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (28) com ganhos expressivos nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi marcado por continuidade da atenção aos dados quinzenais da Unica e temores com o frio nos próximos dias no Centro-Sul.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 1,73%, cotado a US$ 17,61 c/lb nesta sessão, com máxima de 17,64 c/lb e mínima de 17,16 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres teve ganhos de 1,29%, negociado a US$ 433,30 a tonelada.
O mercado do adoçante encerrou o dia muito perto das máximas da sessão em Nova York ainda acompanhando informações sobre o avanço da safra 2021/22 de cana do Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de junho diante das recentes chuvas.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe no final da última semana dados produção de açúcar na primeira quinzena de junho em 2,19 milhões toneladas (-14,35%) e a de etanol 1,69 bilhão de litros (-8,70%). Esses dados ficaram aquém das expectativas para o período e também deram suporte para boas altas na semana.
"Ainda parece que, com o tempo, o mix de açúcar (no centro-sul do Brasil) acabará sendo menor do que no ano passado", disse à Reuters a corretora Marex. A agência ainda pontuou que há no mercado relatos de que a qualidade da cana está piorando.

No mercado brasileiro, indicador Cepea aponta preços firmes para o adoçante - Foto: Unica
Os operadores externos também olham para a chegada do frio no Brasil. A entrada da primeira massa de origem polar do inverno vai derrubar as temperaturas, segundo institutos meteorológicos, aumentando as preocupações com as áreas agrícolas.
"O ar mais seco e frio está posicionado entre a Argentina e o Paraguai e por isso na faixa oeste há a tendência de geada severa na quarta e quinta-feira", afirma a meteorologista Estael Sias, da MetSul.
No financeiro, o mercado também encontrou suporte no dia com desvalorização do dólar sobre o real. "O real mais forte desestimula a venda de exportação dos produtores de açúcar do Brasil", disse a Barchart. Apesar disso, o petróleo tinha perdas.
Mercado interno
A semana terminou com ganhos para o açúcar no mercado físico. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,13%, cotado a R$ 117,22 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 132,65 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 16,67 c/lb com desvalorização de 0,18%.
ETANOL
O Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ - São Paulo teve queda de 2,42% na última semana, a R$ 2,8057 o litro, enquanto que o anidro perdeu 3,42%, a R$ 3,2538 o litro.
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