Petróleo, câmbio e aperto na oferta dão suporte para altas do açúcar em NY

Publicado em 02/09/2021 15:17
Preços do adoçante nos últimos 12 meses subiram de mais de 50%, destaca Commerzbank

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (02) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi de foco para a disparada do petróleo, movimentação do câmbio e atenção para a oferta.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York saltou de 1,17%, cotado a US$ 19,90 c/lb, com máxima de 19,94 c/lb e mínima de 19,62 c/lb. Em Londres, o tipo branco fechou com alta de 0,95%, negociado a US$ 510,70 a tonelada.

As oscilações no mercado do açúcar foram motivadas, principalmente, pelas movimentações do financeiro, com disparada nas cotações do petróleo no cenário internacional, além de queda do dólar sobre o real no dia.

O mercado do petróleo avançava quase 3% nesta tarde de quinta em meio otimismo sobre o ritmo da recuperação da economia mundial da pandemia de Covid-19, uma queda acentuada nos estoques de petróleo dos EUA e um dólar mais fraco.

O óleo mais valorizado tende a impactar nas oscilações do etanol, usado como substitutivo da gasolina. Dessa forma, as usinas tendem a elevar a produção do biocombustível e reduzir a oferta de açúcar no mercado.

Cana-de-açúcar - Foto: Unica
Alta nas últimas semanas foi impulsionada pela produção brasileira, diz Commerzbank - Foto: Unica

Além disso, a safra brasileira de cana-de-açúcar do Brasil segue no radar, impactada pela seca nos últimos meses, além de ter recebido geadas seguidas durante o mês de julho, com reflexos na produção de açúcar e etanol na região Centro-Sul.

"O mercado foi sustentado pelo aperto na oferta após queda na produção brasileira, com as exportações de açúcar caindo para 2,60 milhões de toneladas em agosto, ante 3,14 milhões de toneladas no mesmo mês do ano passado", destacou a Reuters.

Acompanhando os fundamentos, principalmente relacionados com a safra do Brasil, os preços do açúcar subiram mais de 50% nos últimos 12 meses, de acordo com levantamento Commerzbank em nota sobre o mercado do adoçante.

"O principal fator que impulsionou o aumento nas últimas semanas foi a produção brasileira, que foi atingida primeiro pela seca e depois também pela geada", disse o Commerzbank.

MERCADO INTERNO

Após dias de alta, o índice do açúcar no mercado físico recuou. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve baixa de 0,24%, a saca de 50 kg cotada a R$ 137,03.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 135,50 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado a US$ 19,87 c/lb e queda de 0,88%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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