Açúcar: Petróleo e atenção ao BR dão suporte para alta acumulada de mais de 3%
![]()
As cotações futuras do açúcar encerraram esta sexta-feira (08) em alta pela segunda sessão seguida nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado acompanhou o petróleo, além de seguir atento para as informações da safra brasileira.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 2,27%, cotado a US$ 20,29 c/lb, com máxima de 20,34 c/lb e mínima de 19,84 c/lb. No terminal de Londres, o tipo branco registrou alta de 1,80%, a US$ 519,70 a tonelada.
No acumulado, desde segunda-feira, o mercado saltou mais de 3%.
Em meio salto de quase 2% no petróleo no cenário internacional nesta tarde com crise global de energia que levou a recordes os preços do gás, além da China que deve demandar um aumento na produção de carvão, o açúcar acompanhou os ganhos.
"À medida em que outros preços do setor energia, como gás natural e carvão aumentam, os riscos de alta para o mercado de petróleo começam a crescer", disse Christopher Kuplent, do Bank of America. O mercado também teve suporte do câmbio.
Além disso, o mercado segue nesta tarde acompanhando a revisão da trading Czarnikow para a safra 2021/22 do Centro-Sul, apesar de esperar uma recuperação para o próximo ciclo na região brasileira.
"O reduzido potencial de produção do Brasil ainda está impactando o mercado. A Índia não está oferecendo porque os preços mundiais estão bem abaixo dos domésticos e também teve alguns problemas climáticos", complementou o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
A safra atual é apontada em 32,5 milhões de toneladas pela trading, sobre estimativa anterior de cerca de 34 milhões de t. Em 2022/23, há potencial de atingir 32,9 milhões de t, mas um cenário ainda condicionado ao clima melhor.
"Se este ano foi emocionante, a safra 22/23 no Brasil tem tudo para ser outra agitada", destacou em nota a Czarnikow.
No internacional, com relação à demanda, chamou a atenção do mercado uma nova licitação para comprar outras 50 mil toneladas de açúcar branco, elevando o total que está buscando atualmente para 100 mil, disseram traders à Reuters.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar continuam subindo no mercado brasileiro. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,24%, negociado a R$ 143,72 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 137,90 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,67 c/lb com alta de 0,35%.
0 comentário
Moagem de cana diminui no Norte e Nordeste mas produção de etanol anidro segue em alta
Mercado do açúcar recua em sessão de ajustes, mas mantém radar nos fundamentos
Preços do açúcar fecham em alta após consultoria projetar queda de produção no Brasil
Após um ano de impasse, Consecana/SP se mantém no centro das atenções do setor canavieiro
Mercado do açúcar avança com cobertura de posições e volta ao patamar de 15 cents em NY
Produção de açúcar do centro-sul deve cair 5% em 2026/27, prevê Safras & Mercado