Petróleo salta mais de 2% e dá suporte para altas do açúcar em NY e Londres

Publicado em 23/11/2021 16:59
Mercado ainda acompanhou nesta 3ª feira nos fundamentos temores com a nova safra de cana-de-açúcar do Brasil

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Os futuros do açúcar encerraram esta terça-feira (23) com altas de mais de 1% na Bolsa de Nova York e de 2% em Londres. Depois de queda em parte do dia, a reação acompanhou o financeiro com o petróleo, apesar de seguir atenção às origens.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York saltou 1,77%, cotado a US$ 20,11 c/lb, com máxima de 20,15 c/lb e mínima de 19,60 c/lb. Em Londres, o tipo branco teve valorização de 2,05%, negociado a US$ 518,40 a tonelada.

Depois de queda pela manhã, o mercado do petróleo subia mais de 2% nesta tarde de terça nas bolsas internacionais. O óleo mais alto tende a impactar na gasolina e favorece o etanol, reduzindo a oferta de açúcar no mercado global.

"O anúncio terá apenas um impacto de curto prazo sobre os preços e é uma declaração aberta de uma guerra do petróleo com o cartel OPEP+", disse à Reuters Phil Flynn, analista sênior da Price Futures em Chicago.

Os Estados Unidos e outras nações consumidoras decidiram liberar dezenas de milhões de barris de petróleo das reservas para tentar esfriar o mercado, apesar de ação ficar aquém de algumas expectativas.

Açúcar cristal - Foto: Reuters
Nova safra do Brasil no radar em meio temores com novos impactos climticos - Foto: Reuters

Ainda no financeiro, o dia foi marcado por alta do dólar sobre o real, o que tende a encorajar as exportações, mas pesa sobre os preços.

Nos fundamentos, o mercado ainda está atento para as origens asiáticas, principalmente a Índia, com safra em andamento, e o Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, em meio temores com a temporada 2021/22.

"Revendedores disseram que estão observando de perto o potencial do fenômeno climático La Niña para levar a outra safra ruim de cana-de-açúcar no Brasil no próximo ano", destacou a agência de notícias Reuters.

O Rabobank já havia reportado na semana passada que o país deverá enfrentar escassez de cana-de-açúcar, o que limitará suas exportações.

MERCADO INTERNO

O mercado do açúcar registrou repique de baixa na última verificação de preço. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,64%, negociado a R$ 154,44 a saca de 50 kg.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 152,09 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,38 c/lb com queda de 0,15%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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