Açúcar salta quase 2% com petróleo nesta 4ª, mas recua em Londres

Publicado em 30/03/2022 16:17 e atualizado em 31/03/2022 08:34
Limitando valorização, dólar e chuvas favoráveis aos canaviais do Centro-Sul nos próximos dias

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (30) com alta de quase 2% na Bolsa de Nova York, mas recuaram em Londres. O dia foi de atenção para as oscilações do petróleo, mas pressão com os fundamentos.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 1,88%, cotado a 19,47 cent/lb, com máxima de 19,59 c/lb e mínima de 19,20 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento caiu 0,67%, negociado a US$ 537,20 a tonelada.

O mercado do petróleo disparou nesta quarta-feira em meio aos temores de aperto na oferta e as perspectivas de novas sanções ocidentais contra a Rússia, mesmo com Moscou e Kiev realizando negociações de paz depois de semanas de guerra.

As oscilações de preço do óleo são decisivas para a definição do mix das usinas.

O Rabobank disse em relatório nesta quarta-feira que os preços do açúcar podem precisar subir ainda mais para encorajar as usinas no Brasil a maximizar a produção do adoçante, já que o foco tem sido o etanol no planejamento da safra 2022/23.

"O consenso do mercado indica que o máximo de açúcar no Brasil é necessário para evitar o aperto de oferta no médio prazo", disse o banco.

Além disso, o mercado também teve suporte no dia de um movimento de ajuste de posições depois de recuar expressivamente na sessão anterior.

Por outro lado, o dólar subia ante o real e limitava os ganhos do açúcar. Já, nos fundamentos, seguia um otimismo com a safra nas principais origens produtoras, Centro-Sul do Brasil, além das origens asiáticas que está com colheita.

A consultoria Datagro destaca que uma frente fria avança a partir desta quinta-feira (31) para o Centro-Sul do Brasil favorecendo o desenvolvimento dos canaviais.

"O volume acumulado de precipitação até o dia 29 de março apresenta um cenário mais favorável ante o mesmo período de 2021 – São Paulo foi o estado que mais excedeu a média histórica", destacou a consultoria em nota nesta quarta.

MERCADO INTERNO

O patamar de R$ 140 a saca de açúcar cristal foi rompido no mercado brasileiro. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,41%, negociado a R$ 140,58 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,38 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,22 c/lb com queda de 2,41%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Reuters

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