Açúcar: NY passa a cair nesta 2ª feira com alta de 3% do dólar e baixa do petróleo

Publicado em 26/09/2022 14:56
Nos fundamentos, mercado espera pelos dados de produção da 1ª quinzena de setembro no Centro-Sul

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (26) com queda na Bolsa de Nova York, em uma virada no final dos trabalhos, mas seguiram em alta em Londres. O mercado acompanhou o financeiro, com perdas do petróleo e disparada do dólar.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 0,11%, cotado a 17,62 cents/lb, com máxima de 17,93 cents/lb e mínima de 17,53 cents/lb. No terminal de Londres, o primeiro contrato saltou 0,28% no dia, a US$ 534,20 a tonelada.

Depois de ajuste de posições ante os últimos dias durante a maior parte desta segunda-feira, o mercado do adoçante passou a cair na reta final da sessão acompanhando o financeiro em mais um dia de forte aversão ao risco.

O mercado petróleo perdia nesta tarde cerca de 2,5%, atingindo mínimas de nove meses, em meio fortalecimento do dólar e no aguardo de detalhes sobre novas sanções à Rússia. Além disso, ainda permeiam as inseguranças com uma eminente recessão global.

No Brasil, as usinas têm a opção de produção de açúcar ou etanol, com base no que estiver mais rentável. Com o petróleo em baixa, o biocombustível, um substitutivo da gasolina, tende a sentir impacto também e a produção do adoçante aumenta.

"As perspectivas econômicas sombrias, no entanto, continuam sendo uma influência de baixa nas posições futuras", destacou a Reuters.

Ainda no financeiro, o mercado do adoçante acompanhava a disparada do dólar sobre o real. Uma moeda estrangeira mais forte tende a encorajar as exportações das commodities, mas em compensação pesa sobre os preços externos das commodities.

Nos fundamentos, o mercado acompanha as chuvas no Centro-Sul do Brasil que tendem a beneficiar a próxima safra.

A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil deve totalizar 2,94 milhões de toneladas na primeira quinzena de setembro, refletindo um aumento de 15,1% no ano, segundo a S&P Global Commodity Insights. O mercado também espera por esses números.

Também há expectativas sobre um anúncio da Índia sobre a política de exportação do país.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar seguem ao redor de R$ 125 a saca no mercado brasileiro com pressão da safra. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, com alta de 0,04%, negociado a R$ 124,43 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 146,62 a saca com queda de 2,93%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,41 c/lb e baixa de 1,11%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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