Com pressão do financeiro, açúcar bruto recua em NY nesta 2ª feira; Londres avança
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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (10) com queda na Bolsa de Nova York, mas avanço em Londres. O mercado acompanha o recuo do petróleo em meio temores com desaceleração econômica global e impacto na demanda.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 0,37%, cotado a 18,61 cents/lb, com máxima de 18,78 cents/lb e mínima de 18,53 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato subiu 0,47% no dia, a US$ 555,40 a tonelada.
Os preços do petróleo caíam cerca de 1% nas bolsas externas nesta tarde de segunda-feira, após dados de desaceleração da atividade econômica na China, o maior importador de petróleo do mundo, o que reavivou as preocupações com a demanda.
A perspectiva de apertar as ofertas de petróleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) limitou as quedas nos preços.
Além disso, o mercado do adoçante tinha ajustes técnicos ante a alta na última sexta-feira, o que fez com que os preços se aproximassem dos 19 cents/lb. Nos fundamentos, o mercado ainda está de olho no Centro-Sul do Brasil e Ásia.
Apesar das boas expectativas com a próxima temporada, que começará em abril de 2023, já que chuvas acima da média têm sido registradas, o mercado está preocupado com a colheita e a moagem do final da safra 2022/23 no Brasil.
Por outro lado, a Índia fechou a safra 2021/22 com produção do adoçante de 39,4 milhões de toneladas de açúcar, um aumento de cerca de 17% ante o ciclo 2020/21), segundo dados do Ministério do Consumidor, Alimentação e Distribuição Pública.
No caso do branco, operadores notaram que os fortes preços do tipo na União Europeia estavam ajudando a sustentar o mercado. "As previsões de safra de beterraba da UE estão sendo reduzidas lentamente, resultando em altos preços internos, causando consternação aos fabricantes de alimentos", disse a Green Pool.
A Comissão Europeia divulgou nesta semana que a produção de açúcar da União Europeia deve cair 6,9% na temporada 2022/23 com seca, para 15,5 milhões de toneladas.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar oscilam entre ganhos e perdas no mercado brasileiro com o avanço da safra 2022/23 no Centro-Sul. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, com alta de 0,02%, negociado a R$ 125,44 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 141,88 a saca e queda de 2,76%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,83 c/lb e alta de 1,17%.
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