Açúcar volta a se aproximar de 20 cents/lb nesta 6ª feira, mas fecha em baixa

Publicado em 09/12/2022 16:13
No Brasil, indicador Cepea bateu patamar de R$ 140 a saca

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (09) com queda na Bolsa de Nova York, mas leve alta em Londres. O suporte veio do petróleo no financeiro, mas houve pressão na maior parte do dia das informações das origens.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,41% no dia, cotado a 19,60 cents/lb, com máxima de 19,87 cents/lb e mínima de 19,56 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve salto de 0,15%, a US$ 541,40 a tonelada.

No acumulado desta semana, o principal vencimento do adoçante teve alta de 0,25%.

Depois de trabalhar em alta na maior parte do dia, os preços do açúcar viraram na finalização dos trabalhos desta sexta com pressão do petróleo, que acompanhava temores de recessão após dados econômicos fracos da China, Europa e Estados Unidos.

"O que preocupa o mercado há meses é o risco de recessão", disse à Reuters Walter Zimmerman, analista técnico-chefe do ICAP em Jersey City, Nova Jersey. As oscilações do óleo impactam no açúcar porque o Brasil tem opção pelo adoçante ou etanol.

Além disso, o dólar subia sobre o real, o que tende a impactar nas exportações.

Como suporte, repercutiam informações do Brasil e Índia. "O mercado tem sido sustentado pelas chuvas no Brasil, que provavelmente resultarão em milhões de toneladas de cana deixadas para serem colhidas no próximo ano", disse a Reuters.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) divulgará na próxima semana os dados quinzenais.

A agência de notícias reportou nesta semana e o Notícias Agrícolas confirmou junto fontes do mercado de que a maioria das usinas no Centro-Sul está encerrando a moagem de cana para a temporada, deixando parte das lavouras para serem colhidas em 2023/24.

Além disso, partem da Índia informações de que o segundo maior exportador do adoçante no mundo, deve ter uma queda na produção de 7% na safra atual devido ao clima irregular que reduziu a produtividade dos canaviais. Também há atenção para a cota do país.

A demanda, porém, traz boas expectativas em meio temores com a oferta. A China, por exemplo, tem flexibilizado seus isolamentos da Covid-19. "O aumento dos preços da energia pode levar as usinas de cana no Brasil a produzir mais etanol em detrimento do açúcar", acrescenta a Reuters.

No Brasil, as exportações de açúcar totalizaram 4,07 milhões de toneladas no último mês de novembro, 53% a mais do que no mesmo mês do ano passado, e o maior volume embarcado em todo o ano, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar no mercado spot seguem em alta e já bateram R$ 140 a saca. O suporte acompanha esse momento de menor produção no Centro-Sul do Brasil.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 1,16%, negociado a R$ 140,64 saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,48 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,08 c/lb e alta de 1%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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