Açúcar recua nas bolsas de NY e Londres com pressão do financeiro e safra do BR nesta 4ª
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Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (15) com queda nas bolsas de Nova York e Londres, a terceira consecutiva. O mercado do adoçante foi pressionado pelo financeiro, além da safra 2023/24 positiva no Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,87%, a 20,68 cents/lb, com máxima em 21,02 cents/lb e mínima de 20,65 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 0,22% no dia, a US$ 581,30 a tonelada.
O financeiro global avesso ao risco segue pressionando as commodities e o açúcar não seria diferente. O petróleo chegou a cair mais de 5% depois que o maior investidor do Credit Suisse disse que não poderia fornecer mais assistência à instituição.
Com isso, o açúcar chegou a cair mais forte do que no fechamento. As oscilações do óleo bruto são importantes porque impactam no mercado de combustíveis e, consequentemente, na decisão das usinas sobre a produção de açúcar ou etanol.
"O medo de contágio está claramente ganhando força", disse à Reuters Tamas Varga da corretora de petróleo PVM. "Como resultado, o dólar está mais forte e as ações estão enfraquecendo - maus presságios para o petróleo", complementou.
O adoçante também sentiu pressão nesta quarta-feira da valorização de cerca de 1% do dólar sobre o real. A moeda estrangeira mais valorizada tende a encorajar as exportações das commodities agrícolas, mas pesa sobre os preços externos.
Nos fundamentos, o fator negativo vem das expectativas que são positivas sobre a safra 2023/24 do Centro-Sul do país, que tem sido beneficiada nos últimos meses com chuvas. Por outro lado, os operadores monitoram os impactos negativos na Índia.
MERCADO INTERNO
Acompanhando o cenário externo, os preços do açúcar no spot também perdem forças. Pesquisadores do Cepea indicam que a oferta de açúcar de melhor qualidade (Icumsa até 180) segue restrita, ao passo que a demanda pelo produto para pronta-entrega está fraca.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 130,03 a saca de 50 kg e queda de 2,70%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 140,33 a saca -estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,65 c/lb e desvalorização de 0,57%.
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