Açúcar tem semana positiva e NY registra alta acumulada de mais de 6%
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Os futuros do açúcar encerraram a semana com alta acumulada de mais de 6% na Bolsa de Nova York em meio preocupações com a safra indiana e financeiro. Esta sexta-feira (31) foi marcada por avanço no terminal norte-americano, mas campo misto em Londres.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 1,32%, cotado a 22,25 cents/lb, com máxima em 22,36 cents/lb e mínima de 21,78 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,99% no dia, a US$ 630,70 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do adoçante no terminal norte-americano teve alta de 6,31%.
O mercado do açúcar iniciou a semana já em atenção com as informações relacionadas à oferta, já que a Índia, segunda maior produtora global do adoçante, tem enfrentado problemas com a safra de cana-de-açúcar diante do clima adverso nos últimos meses.
"As expectativas de colheita rebaixadas no Brasil, Índia e Europa estão gerando preocupações com a oferta, enquanto os preços também estão sendo sustentados pelo desvio da cana-de-açúcar para a produção de etanol na Índia", disse a Fitch em nota.
Maharashtra, o principal estado produtor de açúcar da Índia, deverá produzir menos adoçante nesta temporada do que o estimado antes, de acordo com reporte nesta semana da agência de notícias Reuters. A Índia é o segundo maior exportador do adoçante.
"As usinas estão fechando em ritmo acelerado. Quase todas as usinas fecharão até o final deste mês. Apenas algumas estarão operando na primeira semana de abril", disse à Reuters o comissário do açúcar do estado, Shekhar Gaikwad.
Além disso, também há preocupações relacionadas com a safra da Tailância e da União Europeia também. Por outro lado, o Centro-Sul do Brasil segue boas expectativas para a temporada 2023/24 com moagem esperada de cana de quase 600 milhões de toneladas.
O mercado financeiro mais positivo também contribuiu para os ganhos durante a semana e nesta sexta-feira, após preocupações com o sistema bancário nacional. O petróleo tinha alta de mais de 1,5%, o que tende a impactar na decisão das usinas sobre a produção de açúcar ou do etanol na safra.
Além disso, o dólar tinha queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e dar suporte aos preços.
MERCADO INTERNO
Apesar de baixa liquidez no mercado spot do açúcar, os preços continuam oscilando ao redor de R$ 130 a saca. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 132,57 a saca de 50 kg e desvalorização de 0,90%.
Segundo informações do Cepea, compradores estão trabalhando com o açúcar em estoque e recebendo cristal pré-negociado. Quanto às usinas, não estão fechando novas negociações para entrega imediata, uma vez que a safra 2023/24 está para começar.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144,70 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,64 c/lb e desvalorização de 2,01%.
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