Açúcar recua em NY e Londres; Hedgepoint vê cenário baixista
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Nesta manhã de quinta-feira (25), o açúcar recua consideravelmente tanto em Nova Iorque quanto em Londres. Na bolsa americana, o maio/24 recua 1,75%, com cotação em 19,65 centavos por libra peso e o julho/24 em queda de 2,12%, sendo negociado a 19,35 cents/lb. Na referência europeia, a tonelada para agosto/24 é negociada a 568.80 dólares, recuo de 1,35%. Em análise feita pela Hedgepoint, as condições macroeconômicas globais são alguns dos fatores baixistas para o mercado, devido a escalada dos conflitos no Oriente Médio e as preocupações com a economia dos Estados Unidos, uma vez que o atraso nos cortes dos juros americanos fortalece o dólar e cria desafios para as commodities, como é o caso do açúcar.
Na Brasil, a safra 23/24 foi recorde e bateu a margem de 700 milhões de toneladas. O resultado deve ser menos expressivo para a safra 24/25, que dá seus primeiros passos com clima menos favorável e estiagem no Centro-Sul, principal região produtora do país. Os próximos meses serão essenciais para definir os resultados da produtividade brasileira, o que por sua vez influenciará o direcionamento do mercado. Além disso, a variação cambial também é um fator de atenção. Com o real desvalorizado, aumenta os retornos das exportações, apesar das correções nos preços do açúcar e, portanto, contribuindo para a tendência de baixa.
A Conab apresentou, no início dessa manhã, o primeiro levantamento da safra 24/25. De acordo com a instituição, a área colhida deve aumentar de 8,33 para 8,67 milhões de hectares. A produtividade deve sofrer redução em relação ao último ciclo, com média nacional em 79.079 kg/ha, o que representa 7,6% a menos que a média de 85.580 kg/ha da safra anterior. Dessa forma, a colheita de cana destinada ao setor sucroenergético deve chegar a 685,86 milhões de toneladas, redução de 3,8% em comparação ao último resultado de 713 milhões de toneladas. O mix deve ser mais açucareiro, com produção estimada em 46,3 milhões de toneladas, superando assim o recorde anterior de 45,7 milhões de toneladas.
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