Açúcar recua e testa suporte de 18 centavos de dólar por libra-peso
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O mercado do açúcar encerrou a quinta-feira com leves quedas, refletindo preocupações com a demanda e a oferta. O contrato maio/25 fechou negociado a 18,13 cents de dólar por libra-peso, queda de 0,38% enquanto o julho/25 fechou a 17,80 cents (-0,50%) e o outubro/25 a 17,91 cents (-0,44%). Os preços caem especialmente após a entrega recorde de 1,7 milhão de toneladas de açúcar bruto contra o contrato futuro de março na ICE de Nova York, realizadas pelos traders Wilmar International Ltd e Sucres et Denrees SA. Volumes tão elevados costumam ser interpretados como sinal negativo para os preços, indicando que os vendedores encontram dificuldades para novas janelas de oportunidades.
Para o Brasil, o relatório mais recente da UNICA apontou que, na última semana, o Centro-Sul processou apenas 245 mil toneladas de cana, resultando em 7 mil toneladas de açúcar e 381 milhões de litros de etanol – volumes menores que os da safra 2023/24, o que é típico para este período de entressafra. Segundo Luciano Rodrigues, diretor da UNICA, a maior produção de etanol na safra 2024/25, tanto a partir da cana quanto do milho, reduz riscos de oferta no mercado interno. Esse fator reforça as projeções de uma safra açucareira robusta em 2025/26, o que pode resultar em queda nos preços do açúcar no médio prazo.
Entre 24 e 28 de fevereiro, os preços do etanol hidratado ficaram praticamente estáveis, com o Indicador CEPEA/ESALQ registrando R$ 2,8524/litro, um leve aumento de 0,07% em relação à semana anterior. Já o etanol anidro teve um avanço de 2,44%, fechando a R$ 3,2556/litro.
Os preços do açúcar cristal no mercado doméstico também apresentaram recuo em fevereiro, o segundo mês oficial da entressafra da cana-de-açúcar na região Centro-Sul. A média do Indicador CEPEA/ESALQ para o açúcar cristal tipo Icumsa 130 a 180 foi de R$ 143,74 por saca de 50 kg, uma queda de 7,45% em relação a janeiro/25, quando a média foi de R$ 155,31.
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