Açúcar inicia semana em alta, com o maio/25 acima de 2%
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A volatilidade segue marcando o mercado do açúcar nesta segunda-feira (17), com os contratos de maio/25 sendo negociados a 19,62 cents de dólar por libra-peso na ICE de Nova Iorque, alta de 2,24%. O contrato julho/25 também registra ganhos e é cotado a 19,29 cents (+1,90%). Em Londres, os preços acompanham a tendência positiva, com o maio/25 negociado a US$ 554,30 por tonelada (+2,36%) e o agosto/25 a US$ 537,80 (+2,03%).
A recente instabilidade acompanha os ânimos dos investidores, que monitoram o avanço da safra brasileira. O clima no Brasil será um fator determinante para o direcionamento das cotações, já que a nova safra deve ter início entre abril e maio. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, na última sexta-feira (14), Alexandre Nascimento, sócio-diretor e meteorologista da Nottus, destacou que novas frentes frias devem trazer chuvas nos próximos dias, o que pode beneficiar o desenvolvimento das lavouras.
Além disso, o relatório mais recente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) apontou uma queda de 5,58% na produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil desde o início da safra até 1º de março, em comparação ao mesmo período do ano passado. A fabricação totalizou 39,82 milhões de toneladas, abaixo das 42,18 milhões de toneladas registradas no ciclo anterior.
Recentemente, a StoneX divulgou uma revisão da sua estimativa de safra, destacando que as chuvas em janeiro e fevereiro somaram apenas 223,4 mm nas áreas canavieiras do Centro-Sul, um dos piores volumes já registrados, ficando 35% abaixo da média histórica. Esse cenário contrasta com o bimestre novembro-dezembro, que registrou precipitações 8% acima da normalidade.
Apesar das condições climáticas mais secas nos últimos dois meses, a StoneX destaca que a qualidade da cana ainda não está comprometida. Indicadores como o NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) seguem em níveis adequados. Entretanto, devido à redução das chuvas, a consultoria ajustou levemente sua previsão de moagem para 2025/26, passando de 611,4 milhões de toneladas para 608,5 milhões de toneladas.
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