Expectativa de maior produção no Brasil deixa mercado do açúcar com ganhos limitados
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O clima mais favorável nas principais regiões produtoras de cana-de-açúcar do Brasil tem limitado os ganhos nos preços internacionais do açúcar. Nesta quinta-feira (24), o contrato maio/25 é negociado a 17,99 centavos de dólar por libra-peso em Nova Iorque, com leve alta de 0,28%. Já o contrato julho/25 registra acréscimo mais tímido, sendo cotado a 17,89 cents, avanço de apenas 0,06%.
Segundo Alexandre Nascimento, sócio-diretor e meteorologista da Nottus, os mapas climáticos com previsão até o final de abril indicam acumulados significativos de chuva em praticamente todos os estados produtores da região Centro-Sul. Essa condição traz alívio aos canaviais, especialmente após os efeitos da estiagem prolongada e das queimadas registradas no ano passado, que afetaram diretamente a produtividade das lavouras. Com o retorno das chuvas, o mercado acompanha de perto o desenvolvimento da safra 2025/26, que será determinante para a dinâmica dos preços nos próximos meses.
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Ainda não há consenso sobre o tamanho da safra brasileira de cana-de-açúcar para 2025/26, mas as estimativas indicam um volume próximo de 600 milhões de toneladas, com expectativa de um mix mais voltado para a produção de açúcar. De modo geral, especialistas acreditam que os preços em Nova Iorque devem encontrar estabilidade na faixa de 18 centavos de dólar por libra-peso.
Outro fator que influencia o mercado é o câmbio. O dólar tem perdido força frente ao real, o que tende a reduzir a competitividade das exportações brasileiras e impacta diretamente a rentabilidade das usinas. Além disso, a continuidade da guerra comercial entre Estados Unidos e China segue pressionando os mercados globais, especialmente o setor de energia, o que se reflete também nos preços do etanol.
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