Açúcar sobe em NY com foco em oferta global e potencial produtivo da safra brasileira
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Nesta terça-feira (06), o mercado do açúcar segue em recuperação na Bolsa de Nova Iorque. O contrato julho/25 é cotado a 17,61 cents de dólar por libra-peso, alta de 0,80%, enquanto o outubro/25 sobe 0,79%, negociado a 17,76 cents. Os contratos futuros do açúcar bruto avançam após as perdas expressivas da semana anterior, com os traders redirecionando a atenção para previsões de oferta global mais restrita.
Analistas estimam que os estoques globais de açúcar devem se equilibrar, após quedas consecutivas. A expectativa para o Brasil, maior produtor mundial, é de uma safra de 45 milhões de toneladas de açúcar. A recente valorização também é vista como uma correção técnica, após uma liquidação considerada exagerada. No entanto, analistas da StoneX alertam que a queda nos preços do petróleo pode gerar nova pressão de baixa sobre os preços do açúcar.
A relação entre o petróleo e o açúcar é direta, já que países como Brasil e Índia utilizam a cana-de-açúcar tanto para produzir açúcar quanto biocombustíveis. Atualmente, os preços médios do etanol no Brasil não são suficientemente atrativos para estimular a produção de combustíveis, favorecendo o redirecionamento da cana para a produção de açúcar.
Abril, primeiro mês oficial da safra 2025/26 na região Centro-Sul, foi marcado por maior movimentação no mercado de etanol hidratado. Segundo o Cepea, o volume comercializado por usinas paulistas subiu 23,6% em comparação com março. No entanto, os preços recuaram: o etanol hidratado teve média de R$ 2,7253/litro (-2,12%) e o anidro, R$ 3,1163/litro (-2,33%).
Já o açúcar cristal branco apresentou valorização em abril no mercado spot paulista. De acordo com o Cepea, mesmo com o início da moagem da nova safra, a oferta de açúcar de melhor qualidade (Icumsa até 180) seguiu restrita, sustentando os preços. A média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 142,35/saca de 50 kg, alta de 1,91% frente aos R$ 139,69/saca de março.
Segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), o Centro-Sul processou 16,59 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na primeira quinzena de abril, crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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