Mercado do açúcar em estabilidade nesse último dia da semana
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O mercado do açúcar amanheceu em estabilidade nesta sexta-feira (16), após ter alcançado a marca de 18 cents de dólar por libra-peso no início da semana. O patamar, no entanto, não se sustentou, e os preços voltaram à média dos 17 cents. O contrato julho/25 em Nova Iorque é negociado a 17.67 cents, sem variação em relação ao fechamento anterior, enquanto o outubro/25 registra leve queda, cotado a 17.82 cents, recuo de 0,06%.
O cenário atual reflete um equilíbrio entre dois fundamentos principais. De um lado, pesa a expectativa de oferta global confortável e uma demanda ainda enfraquecida. Do outro, desafios climáticos em regiões produtoras continuam no radar do mercado, com destaque para o Brasil, cuja produção tende a ser mais modesta nesta safra.
Segundo Fábio Marin, coordenador do sistema TEMPOCAMPO, a lavoura brasileira ainda sente os efeitos do último ciclo, marcado por estiagem e queimadas em importantes polos canavieiros. “A situação climática voltou a ser favorável em março e abril, mas temos uma lavoura que passou por estresse hídrico, e isso afeta diretamente o desenvolvimento das plantas”, pontua Marin.
De acordo com Sérgio Quassi, pesquisador da Agroquatro-S Experimentação Agronômica Aplicada, a safra 2025/26 deve ficar entre 570 e 590 milhões de toneladas. “O ciclo atual ainda carrega os impactos da estiagem e das queimadas do ano passado. Muitas usinas precisaram plantar novas áreas com cana de segundo e terceiro corte, o que pode comprometer a sanidade das lavouras. O vigor das plantas também deve ser menor, com produtividade estimada entre 70 e 75 toneladas por hectare”, avalia.
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