Cotações do açúcar ampliam queda com sinalização de novas exportações pela Índia
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Os contratos futuros do açúcar aprofundaram as perdas nesta quinta-feira (8) e ampliaram o movimento baixista observado ao longo da semana. As baixas ganharam mais força após o secretário de alimentação da Índia, Sanjeev Chopra, afirmar que o governo pode autorizar novas exportações de açúcar para reduzir o excesso de oferta interna.
Em Nova Iorque, as quedas foram fortes. O março/26 recuou 0,28 cent (-1,90%) e fechou a 14,48 cents/lbp. O maio/26 perdeu 0,26 cent (-1,84%), negociado a 14,10 cents/lbp. O julho/26 caiu 0,24 cent (-1,67%) para 14,13 cents/lbp, enquanto o outubro/26 cedeu 0,22 cent (-1,49%) e encerrou a 14,48 cents/lbp.
Em Londres, o movimento foi semelhante. O março/26 reduziu US$ 6,40 (-1,51%) e terminou o dia a US$ 415,90 por tonelada. O maio/26 recuou US$ 6,40 (-1,53%), cotado a US$ 412,50 por tonelada. O agosto/26 perdeu US$ 6,10 (-1,47%) e fechou a US$ 409,10 por tonelada, enquanto o outubro/26 caiu US$ 5,80 (-1,40%) e finalizou o pregão em US$ 409,30 por tonelada.
Segundo a Reuters, o governo indiano avalia liberar excedentes para aliviar o mercado doméstico e proteger os produtores de cana de perdas financeiras. Chopra afirmou que o país precisa conter estoques elevados por meio de exportações e de uma maior destinação de açúcar à produção de etanol.
“O excedente vai prejudicar os agricultores, e isso não podemos permitir. Portanto, no interesse deles e também de todos os envolvidos, é preciso garantir que os estoques excedentes sejam contidos”, declarou o secretário, de acordo com a Reuters.
As projeções são de que a produção indiana no ciclo 2025/26, iniciado em 1º de outubro, deve crescer 18% e alcançar 30,9 milhões de toneladas. A demanda anual do mercado doméstico gira em torno de 29 milhões de toneladas, o que deixa sobra a ser manejada.
Chopra acredita que o setor deve enfrentar preços mais baixos até meados de janeiro, quando o excesso de oferta tende a se acentuar. O governo, segundo ele, deve anunciar medidas nesse período para garantir fluxo financeiro e pagamento aos produtores. Outra alternativa que etá em estudo é a elevação do preço mínimo para vendas de açúcar no mercado interno indiano.
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