Após ganhos, preços do açúcar fecham em baixa limitados por expectativa de excedente global
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Após acumularem altas na sessão anterior, os preços do açúcar recuaram de forma expressiva nesta terça-feira (30) nas bolsas internacionais, devolvendo parte dos ganhos registrados desde a semana passada. O movimento de correção foi influenciado principalmente pela perspectiva de ampla oferta global e pela valorização do dólar no mercado internacional, fatores que pressionaram as commodities de modo geral.
Na Bolsa de Nova Iorque, as cotações encerraram o dia em queda acentuada. O contrato março/26 recuou 0,42 cent (-2,75%) e fechou a 14,84 cents/lbp. O maio/26 perdeu 0,36 cent (-2,41%), sendo negociado a 14,55 cents/lbp. O julho/26 cedeu 0,31 cent (-2,07%) e terminou o pregão a 14,63 cents/lbp, enquanto o outubro/26 caiu 0,26 cent (-1,71%), cotado a 14,94 cents/lbp.
Em Londres, o açúcar também operou no campo negativo. O março/26 desvalorizou US$ 8,60 (-1,98%) e encerrou a sessão a US$ 426,00 por tonelada. O maio/26 teve baixa de US$ 8,00 (-1,85%), para US$ 423,70 por tonelada. O agosto/26 recuou US$ 7,50 (-1,75%), negociado a US$ 421,10 por tonelada, enquanto o outubro/26 perdeu US$ 6,70 (-1,57%) e fechou a US$ 420,40 por tonelada.
De acordo com a Reuters, negociantes relataram que os especuladores reduziram sua posição líquida vendida durante a recente alta dos preços, que haviam tocado 14,04 cents/lbp no início de novembro, o menor patamar em cinco anos. Ainda assim, a agência destaca que o espaço para novos avanços pode ser limitado diante da expectativa de excedente global na temporada internacional 2025/26, que vai de outubro a setembro.
A leitura de ampla oferta também foi reforçada por analistas do mercado. Segundo Jack Scoville, da Price Future Group, há expectativas de boa disponibilidade de açúcar impulsionada pelas condições favoráveis de cultivo da cana-de-açúcar e da beterraba em diversas regiões produtoras. “A perspectiva de um grande excedente global na safra 2025/26 mantém o mercado pressionado, com o aumento da produção na Índia e na Tailândia elevando a oferta, enquanto o consumo mundial deve permanecer estável”, avaliou.
Já o Barchart apontou que os preços do açúcar atingiram mínimas de uma semana nesta terça-feira. O avanço do índice do dólar (DXY), que alcançou o maior nível em uma semana, contribuiu para pressionar as cotações das commodities, incluindo o açúcar. Apesar de registrar leve recuo frente ao real, a moeda americana se manteve mais forte no cenário internacional, apoiada por dados econômicos dos Estados Unidos acima do esperado, como os indicadores de preços de imóveis e o PMI de Chicago de dezembro.
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