Açúcar e derivados freiam indicador

Publicado em 09/04/2010 08:42
IGP-DI subiu 0,63%, menos que em fevereiro

A queda do preço do açúcar e seus derivativos foi a principal responsável pela desaceleração do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) no mês de março. A alta do indicador foi de 0,63% em março, ante 1,09% em fevereiro, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No atacado, o açúcar cristal passou de uma alta de 8,66% em fevereiro para queda de 4,66% em março, enquanto o açúcar refinado saiu de aumento de 4,59% para baixa de 2,69%. O preço do álcool caiu 11,15%, impactando o preço da gasolina, que caiu 0,83%.

- A normalização da safra de cana foi o principal impacto sobre o IGP. Ela influenciou toda a cadeia do açúcar depois de subir desde o início de 2009, quando houve problemas de produtividade, clima e de quebra de safra na Índia - avaliou o economista da FGV Salomão Quadros.

Segundo o economista, em 12 meses, no entanto, o açúcar ainda acumula alta de 54,53% e o álcool, de 27,86%. "Pode ser que um ano inteiro não seja suficiente para compensar essa alta e voltarmos a níveis pré-choque" afirmou Quadros.

Dólar baixo ajudou Outro efeito que ajudou na desaceleração do IGP-DI em março foi a queda do dólar, que derrubou os preços dos materiais para manufatura.

"Tem um efeito câmbio sobre esse preços, mas tem um efeito forte também da cotação internacional de metais e petroquímicos, que já subiram muito nos últimos meses".

Entre os componentes do IGP-DI, o Índice de Preços por Atacado (IPA) aumentou 0,52% em março, após elevação de 1,38% no mês anterior. O IPA agrícola subiu 2,33%, ante alta de 1,46% no mês anterior. O IPA industrial caiu 0,05%, contra aumento de 1,35% em fevereiro.

As principais quedas individuais de preços no atacado foram de soja em grão, álcool etílico anidro, farelo de soja, açúcar cristal e arroz em casca.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 0,75%, ante alta anterior de 0,36%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,86% em março, seguindo a elevação de 0,68% em fevereiro. A principal pressão veio do grupo Alimentação, com alta de 2,60% agora, ante 1,16% antes.

As maiores altas individuais foram: tomate, leite longa vida, batata-inglesa, pimentão e açúcar refinado.

Na primeira prévia de abril. o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou para 0,98%, após alta de 0,86% em março. Foi a maior variação desde a segunda semana de fevereiro, com destaque, mais uma vez, para preços de alimentos: alta de 3,11%, ante 2,60% na semana anterior.

O IGP-DI fechou o primeiro trimestre com alta acumulada de 2,76%. No período, o IPA subiu 2,88%, o IPC avançou 2,86% e o INCC avançou 1,76%.

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Fonte:
Jornal do Brasil

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