Petrobras tem parceria para fazer álcool com bagaço de cana-de-açúcar

Publicado em 25/08/2010 07:58
A Petrobras decidiu acelerar suas pesquisas para produção de etanol a partir do bagaço de cana-se-açúcar e para isso fechou parceria com a norte-americana KL Energy Corporation (KLE), que já estava adiantada nos testes de produção de etanol celulósico a partir da madeira.

"O objetivo é conseguir produzir pelo menos 40 por cento a mais de etanol sem precisar plantar mais um pé de cana", explicou a jornalistas o gerente de gestão tecnológioca da Petrobras Biocombustíveis, João Norberto Noschang Neto.

No acordo entre as duas empresas, a Petrobras vai investir 6 milhões de dólares para adaptar a planta de demonstração da KLE em Unpton, nos Estados Unidos, substituindo a madeira --matéria-prima das atuais pesquisas-- por bagaço de cana.

Mais 5 milhões de dólares serão empregados se o resultado for positivo, para pagar os royalties e propriedade industrial à KLE.

A parceria tem o prazo de 18 meses para concluir os testes e, se tudo der certo, a primeira planta de produção de etanol a partir do bagaço de cana deve entrar em funcionamento no Brasil em 2013, segundo a Petrobras.

"A parceria por 18 meses vai ajudar ambas as empresas no etanol de segunda geração...em alguns processos nossas tecnologias de completam", afirmou Peter Gross, presidente da KLE, presente à divulgação do acordo. A empresa também está em estudos na Colômbia para produção de etanol celulósico, mas não revelou a matéria-prima que será utilizada, "faz parte de um acordo de confidencialidade", explicou.

"Dependendo do resultado dos testes, se houver viabilidade técnica, vamos construir uma unidade em escala maior no Brasil", disse Noschang Neto sem saber informar o volume que poderá ser produzido.

Segundo o executivo, a Petrobras está cumprindo o seu cronograma para produção de etanol e projeta atingir em 2014 produção de 2,6 bilhões de litros do biocombustível, contra os cerca de 800 mil litros previstos para este ano.

A Petrobras estava desenvolvendo estudos para produção de etanol a partir do bagaço de cana no Cenpes, centro de pesquisa da estatal no Estado do Rio de Janeiro, mas descobriu que a KLE estava mais avançada, e por este motivo fez a parceria, explicaram os executivos.

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Fonte:
Reuters

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