Trabalhadores da indústria do açúcar e do álcool conseguem ganho salarial de 2,2% acima da inflação

Publicado em 11/11/2010 13:45
Mais de 20 mil trabalhadores do setor sucroenergético de Alagoas vão receber a partir deste mês seus salários com reajustes de 6,5%. O novo piso salarial da categoria foi definido na mesa de negociação entre os sindicatos dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar e do Açúcar o sindicato que representa as empresas do setor, o Sindaçúcar-AL.

O acordo, que tem como data-base o mês de setembro de 2010, traz um ganho real de 2,2%, superior aos ganhos de trabalhadores do setor em Pernambuco e outros Estados do Nordeste e é resultado de muito diálogo. “As empresas do setor estão em dificuldades financeiras há mais de dois anos. Apesar disso, cedemos para atender a um apelo do Jackson Lima, que tem sempre defendido os trabalhadores a partir de um diálogo construtivo”, enfatiza Pedro Robério.

As negociações começaram no final de agosto e culminaram com um reajuste salarial de 6,5% e piso salarial da categoria de 561 reais. “Com estes valores, podemos dizer que houve um ganho real de 2,2% acima da inflação, o que representa um avanço significativo”, declarou o representante da Comissão de Negociação do Sindaçúcar, Alexandre Oiticica.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Açúcar de Alagoas, Jackson de Lima Neto, mais de 20 mil trabalhadores deverão ser beneficiados com as conquistas. “O processo de negociação foi difícil, mas atingiu as expectativas dos trabalhadores se considerarmos a inflação. A média salarial ficou em torno de 800 a 900 reais com o estabelecimento do novo piso”, esclareceu o presidente. O percentual inicial solicitado, ainda de acordo com Jackson, teria sido de 10% e as expectativas do Sindicato dos Trabalhadores giravam em torno de 7,5%.

O presidente do Sindaçúcar, Pedro Robério, explicou que o acordo fechado em Alagoas foi melhor do que em outros Estados, como Pernambuco, por exemplo. “Embora o reajuste final não tenha chegado a 10%, podemos dizer que o acordo foi o melhor que pudemos fazer se considerarmos a nossa realidade econômica, e isto é uma prova do quanto consideramos estes trabalhadores”, emendou Pedro Robério.

Além das cláusulas econômicas, as cláusulas sociais também foram atendidas em sua maioria. “Foi uma longa negociação, mas acreditamos que atendeu a ambas as partes interessadas no processo, atingindo um valor final satisfatório para os trabalhadores em geral”, completou Alexandre Oiticica.

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Fonte:
BCCOM

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