Cana-de-açúcar: falta de política pública atrasa investimentos e impede expansão do setor em 2011.
Após perdas em safras globais, em especial do principal player do mercado, a Índia, as cotações do açúcar dispararam nas bolsas internacionais e elevaram o Brasil, até então em segundo lugar, como potencial abastecedor dos mercados. Responsável por 20% da produção mundial, infelizmente a falta de política pública atrasa os investimentos e impede a expansão do setor.
Além do mercado internacional, o Brasil se encontra em constante crescimento na produção de energias renováveis de baixo carbono. A frota de carros denominados flex (abastecido com combustíveis tanto fóssil quanto renovável) aumenta e a necessidade da produção de etanol da cana-de-açúcar se faz muito necessária. Além disso, o país pretende abrir novos mercado para o biocombustível.
Para o presidente da UNICA (União das Indústrias de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank, não há possibilidade de crescer em produção sem investimentos reais, políticas públicas diferenciadas para o produto que passa do alimento para o combustível renovável de baixo carbono que tanto o Brasil estima em produzir. As indústrias estão prontas para atender a demanda crescente, mas não consegue enxergar a expansão do setor em 2011.
De olho no cenário internacional, a tendência dos preços tanto para o açúcar quanto para o etanol é altista. Em alerta às produções de cana-de-açúcar do mundo, o clima pode ser o responsável por descer ou subir ainda mais as cotações. No Brasil, o mix da produção se dá de acordo com a capacidade das indústrias em atender as demandas. Ao fornecedor, a remuneração pode estar garantida em 2011.