Medidas para o etanol devem sair em maio, diz Rossi
A expectativa é de que haja redução da quantidade de álcool anidro misturada na gasolina, atualmente em 25%, e que a regulamentação do setor passe para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os defensores da redução da mistura de anidro estão cientes do pouco efeito prático dessa medida sobre os preços. O que se quer, conforme fontes do governo, é passar um claro recado aos usineiros, demonstrando que o Planalto está insatisfeito com a falta de competitividade do etanol. O argumento é o de que, por mais doloroso que isso possa ser para o produtor, é melhor mexer no mix do que ampliar a tributação.
Em relação à ANP, o próprio setor já teria digerido bem essa mudança, porque como contrapartida o governo promete benefícios. A intenção é a de que o Estado financie diretamente, subsidie ou pelo menos facilite o processo de investimentos no setor no Brasil, que foi interrompido em 2008 em função da crise financeira internacional. Com mais agentes no mercado e com o fortalecimento das empresas, espera-se que a produção aumente e que isso gere menos volatilidade no mercado.