Mato Grosso corre risco de racionamento de combustível

Publicado em 28/04/2011 10:50

Assim como acontece em outros estados do país, os revendedores de combustíveis de Mato Grosso estão com dificuldades para obter gasolina para a comercialização. O primeiro secretário do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), Bruno Borges, afirmou, em entrevista ao Só Notícias, que o Estado deve enfrentar o racionamento do produto, mas descartou a possibilidade da falta de gasolina nas bombas dos postos.

A consequência deste fato será um novo aumento nos preços dos combustíveis em Mato Grosso. Segundo Borges, provavelmente na próxima semana, os revendedores vão repassar aos consumidores os novos valores do litro do etanol e da gasolina. Ele explicou que esta situação se dá pela pouca disponibilidade do produto derivado da cana-de-açúcar no mercado nacional. "As usinas estão mais interessadas em produzir açúcar do que etanol", disse.

Borges explicou que o valor da gasolina é diretamente ligado a disponibilidade de etanol no mercado. Por uma lei nacional, cada litro de gasolina contém 25% do produto derivado da cana. "Se não tem etanol no mercado, sobe o preço deste produto como também da gasolina que leva 25% da mistura".

O primeiro secretário traçou um panorama dos preços praticados no mercado de combustíveis nos últimos meses. Em outubro do ano passado, o litro do etanol chegava até o revendedor (posto) a R$ 1,65 e de gasolina, a R$ 2,31. Já no início deste mês, o mesmo litro do etanol custava ao revendedor R$ 2,15 e de gasolina, R$ 2,81. Em muitos casos, o lucro dos donos de postos fica abaixo dos 20% acordados por decisão.

Outro fator que contribui para o aumento do preço da gasolina e a possibilidade do racionamento é o aumento do consumo. De acordo com a Folha de São Paulo, a Petrobras importou 1,5 milhão de barris de gasolina comum só em abril para garantir o abastecimento. Em todo o ano passado, foram três milhões de barris.

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Fonte:
Só Notícias

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