Pesquisa aponta que fornecedores do setor sucroenergético permanecem confiantes

Publicado em 12/07/2011 11:49

Os resultados da terceira rodada da pesquisa que mede o Índice de Confiança dos Fornecedores do Setor Sucroenergético (ICFSS), elaborado pela AgroFEA Ribeirão Preto, em parceria com a Multiplus Feiras e Eventos e com a Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia – Fundace com o intuito de acompanhar a evolução da expectativa do setor, mostram que os fornecedores ainda estão confiantes. O índice teve ligeira queda em seu valor na terceira rodada realizada em junho, se comparado com a segunda rodada, que ocorreu em abril de 2011. O Índice apresentou uma diminuição de 0,02 pontos, caindo de 0,64 para 0,62 em junho. “Esse resultado mostra que a confiança do empresário do setor permanece alta”, esclarece Prof. Dr. Maurício Jorge Pinto de Souza, um dos coordenadores do estudo.

O Índice de confiança dos fornecedores continua se mantendo superior ao de confiança do empresariado industrial em geral, medido pela CNI, cujo índice não apresentou variação e fechou em 0,59, o mesmo valor do período anterior. O indicador das Condições Atuais apresentou a maior variação dentre os indicadores, retraindo de 0,59 na segunda rodada de entrevistas para 0,55 no mais recente levantamento, enquanto o indicador de Expectativa se manteve praticamente estável, passando de 0,67 para 0,66.

De acordo com o Prof. Dr. Maurício, esse resultado, de um lado reflete as condições atuais do período de safra, quando a demanda das usinas por novos equipamentos e serviços reduz. E por outro, as expectativas de aumento na demanda para os próximos seis meses com a entrada da entressafra.

Condições Atuais - A variável que apresentou maior mudança dentre as que compõem o índice corresponde à avaliação do momento da Economia em Geral, com uma queda de 0,08, indo de 0,57 para 0,49. “Tal variação pode estar atrelada ao fato de que a economia vem enfrentando problemas inflacionários que preocupam os empresários”, argumenta o Prof. Dr. Maurício. De acordo com a CNI, dos 26 setores considerados da indústria de transformação, 24 registraram piora da economia brasileira em relação aos seis meses anteriores.

A avaliação das Condições Atuais da Empresa foi a segunda variável que mais sofreu queda, passando de 0,67 em abril para 0,62 em junho. Segundo o Prof. Maurício, o período de safra da cana pode explicar essa piora nas condições da empresa com relação aos seis meses anteriores. “O período de entressafra é marcado por uma maior demanda por novos equipamentos e manutenção de usinas, portanto, a demanda do setor fornecedor de equipamentos se encontrava no pico. No período de safra, essa demanda é relativamente menor”, explica.

Expectativas - Com relação aos indicadores referentes à expectativa dos gestores, a queda mais expressiva também ocorreu quando questionados sobre a Economia em geral, caindo de 0,65 para 0,62, no mais recente levantamento. “Isso também está relacionado com a preocupação dos agentes com a inflação, a política de controle e seus efeitos sobre a economia. Além disso, o setor está apreensivo com os efeitos das definições do governo federal sobre as medidas de curto e longo prazos que podem estimular a produção de etanol”, avalia o Prof. Maurício.

Outra queda observada na Expectativa dos gestores ocorreu com relação ao índice de Expectativa da Empresa, passando de 0,74 em abril para 0,72 em junho de 2011.

Diferentemente da última rodada as expectativas relacionadas ao Sistema Agroindustrial Sucroenergético e dos Fornecedores do Setor apresentaram, respectivamente, aumento de 0,01 e 0,02 pontos, leve alta que pode ser justificada pela expectativa do fim da safra 2011/2012.

O que é o ICFSS - O Índice de Confiança dos Fornecedores do Setor Sucroenergético

(ICFSS) – Multiplus/FUNDACE é uma ponderação que reflete a maneira pela qual os gestores avaliam as condições atuais e as expectativas em relação à economia brasileira, o sistema agroindustrial sucroenergético, o setor de fornecedores do setor sucroenergético e à própria empresa. Os indicadores variam no intervalo de 0,00 a 1,00. Valores acima de 0,50 pontos indicam empresários confiantes.

Esse indicador é construído bimestralmente através de telefonemas e internet pelo Núcleo de Pesquisas em Agronegócio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto – AgroFEA Ribeirão Preto. De acordo com o coordenador do AgroFEA – USP/RP, Roberto Fava Scare, o índice oferece ao empresário e gestor uma ferramenta de apoio para a tomada de decisão, além de ser uma fonte de informação sobre as expectativas e tendências do setor.

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Fonte:
AI AgroFEA

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