Soja: USDA pode revisar para cima números de produtividade e produção nos EUA
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu novo boletim de oferta e demanda de novembro nesta terça-feira (9). E desde a semana anterior, os preços das commodities negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) têm sido influenciados pelas projeções dos analistas e traders consultados por agências internacionais.
Segundo recente pesquisa realizada pela Bloomberg com os analistas, a produção de soja norte-americana, da safra 2015/16, poderá totalizar 106,52 milhões de toneladas. Caso se confirme, a projeção ficará acima do indicado pelo departamento em seu último boletim, de 105,81 milhões de toneladas. A produtividade também poderá apresentar ligeira alta e passar de 53,52 sacas por hectare, projetadas pelo órgão, para 53,87 sacas por hectare.
Na semana anterior, a consultoria americana Lanworth projetou o rendimento médio das lavouras americanas em 47,3 sacas por hectare. Já as exportações de soja do país deverão permanecer inalteradas em 45,59 milhões de toneladas, conforme última projeção do USDA.
Em relação aos estoques finais americanos, as estimativas dos participantes do mercado giram em torno de 11,87 milhões de toneladas, contra as 11,57 milhões de toneladas indicadas pelo departamento em seu último boletim. Já os estoques mundiais da oleaginosa deverão totalizar 85,32 milhões de toneladas, conforme projeções do mercado. O número estimado está ligeiramente acima do projetado em outubro pelo USDA, de 85,14 milhões de toneladas de soja.
No caso do milho, a safra americana poderá ser revisada ligeiramente para cima e somar 344,54 milhões de toneladas. No mês anterior, o departamento indicou a produção do cereal em 344,32 milhões de toneladas. Do mesmo modo, a produtividade média das plantações poderá subir de 177,8 sacas por hectare, para 178,02 sacas por hectare.
Por outro lado, as exportações, segundo os analistas, deverão ficar abaixo de 50 milhões de toneladas. Em outubro, o departamento projetou as exportações do grão em 46,99 milhões de toneladas. Para os estoques americanos, os participantes do mercado apostam em 40,57 milhões de toneladas, contra as 39,65 milhões de toneladas reportadas pelo departamento em outubro. E os estoques globais deverão somar 188,43 milhões de toneladas, contra as 187,83 milhões de toneladas projetadas pelo USDA.
No caso do trigo, os analistas apontam que o destaque deve ser o número da produção mundial. Segundo dados do site AgWeb, os problemas com a produção em regiões importantes na exportação como a Rússia e a Austrália poderiam levar o órgão a apertar ainda mais o balanço mundial de trigo. No mês anterior, o departamento indicou a produção global do cereal em 732,79 milhões de toneladas.