"Tabela dos fretes é inconstitucional e não deve ser aceita", diz vice-presidente da Famato

Publicado em 07/06/2018 16:34
Marcos da Rosa - Produtor Rural
Entidades do setor estão mobilizando ações na Justiça para reverter o cenário e, na avaliação de Marcos da Rosa, essa judicialização do problema é, de fato, a solução mais confortável para o governo. Não há de se admitir uma intervenção ainda maior do Estado em um Brasil já "venezuelado", diz o produtor.

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Entrevista com Marcos da Rosa - Produtor Rural sobre o Plano safra e fretes

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Nesta quinta-feira (07), o segundo vice-presidente da FAMATO, Marcos da Rosa, que também é produtor rural, conversou com o Notícias Agrícolas sobre o tabelamento dos fretes rodoviários, que foi divulgado pela ANTT na semana passada e que, agora, tem sido contestado pelo setor rural.

Para ele, o que falta é um planejamento de estratégias necessárias para o crescimento do Brasil, já que as reivindicações apresentadas na greve dos caminhoneiros não era um problema apenas deste setor, mas de todos os que trabalham. "A confusão no país é muito grande", avalia Rosa, que acredita que o preço dos combustíveis não pode ser utilizado para recuperar a Petrobrás. Ele também acredita que os impostos aplicados são mais geridos.

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Sobre o tabelamento, ele salienta que a medida é "inconstiticional", já que a negociação dos valores teria que ser feita entre suas partes. Rosa critica o fato de o governo intervir nessa questão, que, segundo ele, é uma medida bastante protecionista e que traz um problema de um setor "para o outro, que não tem condição de pagar".

Desta forma, o prejuízo passa a ser distribuido para toda a cadeia. Com a greve, também há navios parados nos portos e os importadores estão cobrando neste momento. "Multipilicou o prejuízo e, isso, é grave. Não está havendo um norte", avalia.

Segundo ele, não há possibilidade de haver uma conversa sobre a tabela, já que o setor não aceita esse tipo de negociação. As entidades do agronegócio estão promovendo ações para entrar na justiça a respeito do assunto.

Confira a entrevista completa com Marcos da Rosa no vídeo acima

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Por:
Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Marcelo Ricardo Hack Jatai - GO

    Então salário mínimo é inconstitucional, preço mínimo milho inconstitucional, todos produtores já pagam Fretes caros pois as trends cooperativas e outros trabalham com uma tabela de frete, o problema é que eles querem ter lucro sobre o frete tbm e não apenas sobre o produto principal que trabalham. Quando não são eles são as transrroubadoras como diz o amigo ai.

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  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Eu escrevi no primeiro dia: Proposta do Governo evidencia mais uma vez a falta de gente com conhecimento em Ciências Exatas. É uma total ignorância aritmética propor e executar uma redução "linear" de 46 centavos em mais de 38 mil Postos de Combustíveis Brasil afora, com tanta diversidade logística e tributária. Não deu outra....

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    • leandro carlos amaral Itambé - PR

      Não adianta jogar a culpa uns aos outros... querem diminuir o custo do frete é só começar a contratar o caminhoneiro direto, sem passar pela transrrobadora (transportadora), façam cadastro desses caminhões, exijam seguro deles e eliminem essas transrrobadoras...

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    • leandro carlos amaral Itambé - PR

      É muito fácil e cômodo para as empresas contratarem as "transrrobadoras" e jogarem o custo do frete no consumidor final (ou descontar do produtor na hora da venda), porque as grandes empresa hoje preferem pagar frete do que ter caminhao porque o frete não vale nada ... alguém está tomando prejuizo..., isso é o mesmo no caso do trigo, do leite..., preferem importar do que dar valor no trigo produzido aqui.. .importem trigo agora com dólar a quase R$ 4,00, e paguem esse frete .... ou estão achando que esse trigo vai chegar nos moinhos por teletransporte...

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Essa do Leandro caiu na ferradura

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