Bonds verdes para a bionergia terão impulso com auditoria do RenovaBio alinhada aos critérios aceitos pelos investidores

Publicado em 07/11/2018 11:29
Thatyanne Gasparotto - Representante da Climate Bonds Initiative
Organização internacional está definindo os critérios para a bioenergia, entre outros setores do agronegócio (como Integração Lavoura, Pecuária e Floresta), que o mercado comprador dos títulos aceita como "rotulados" de baixa emissão de carbono, ou verdes. E como já acontece com outras atividades com critérios definidos, os benefícios vão desde custo menor, maior reputação e aumento da base diversificada de investidores, especialmente internacionais.

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Entrevista com Thatyanne Gasparotto sobre o Financiamento ao agro de baixo carbono

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As opções de financiamento para a bioenergia alinhado ao clima, conhecidos como bonds verdes, terão um impulso com as auditorias do Renovabio. Nesta quinta-feira (8), a Climate Bonds Iniciative fará a divulgação do relatório de mercado global.  

De acordo com a Representante da Climate Bonds Initiative, Thatyanne Gasparotto, o mercado de finanças verdes está ganhando muita força nos últimos anos. “A gente projeta um volume de 250 bilhões de dólares em emissão de títulos de dividas para o ano de 2018 e nós tivemos US$ 161 bilhões emitidos no ano passado”, afirma.

A empresa é responsável por desenvolver a metodologia e os critérios que contam com especialistas de diversos países. “A CBI coordena esse processo e tem uma metodologia definida para cada categoria de ativos e também temos uma rede de verificadores que tem permissão para utilizar esses critérios para trabalhar com o cliente acompanhar e monitorar as operações”, comenta.

A representante ainda destaca que o mercado de dividas no geral tem pouca liquidez, mas é disputado no mercado primário. “Nós observamos muita competição no mercado primário, é um papel que no mercado internacional tem um excesso de demanda cerca de cinco vezes maior que a oferta internacional”, ressalta.

No Brasil, o mercado de títulos verdes começou em 2015 quando o primeiro contrato foi vendido. Desde então, o segmento tem um crescimento constante no mercado doméstico e no exterior. “Somado o volume dos dois mercados tem um total de 4,3 a 4,5 bilhões de dólares de títulos brasileiros verdes rotulados”, pontua.

Os títulos verdes tendem a precificar melhor do que os normais, em que a média no mercado internacional está em torno de 23 a 25 pontos base dependendo dos parâmetros analisados. “No mercado domestico ainda não consigo afirmar de forma categórica que tem esse benefício de preço. O que eu posso afirmar é que não é mais caro”, diz.

Como o mercado doméstico é recente tem casos que houve um beneficio de taxas e que foram emissões do setor do agronegócio. Porém, em outros casos não houve diferenciação.

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Por:
Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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