Aumento do Fundersul é aprovado pela Assembleia de MS e revolta setor produtivo

Publicado em 13/11/2019 14:56
Renato Meren - Diretor do Movimento Produtores Independentes do MS
Além de maior tributação, recursos arrecadados pela alíquota paga pelo setor agropecuário são 78% empregados na área urbana. Produtores se organizam para entrar com uma ação judicial na tentativa de reverter a decisão.

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Entrevista com Renato Meren - Diretor do Movimento Produtores Independentes do MS sobre o Fundersul

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Nesta quarta-feira (13), a Assembléia Legislativa do Mato grosso do Sul aprovou o aumento do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento Rodoviário). Veja abaixo uma tabela com os valores que serão aumentados:

fundersul doc

A votação na Assembleia teve 15 votos favoráveis ao aumento e foi marcada por polêmicas, já que os produtores rurais presentes na ocasião foram barrados de entrarem na sessão:

Renato Meren, diretor do Movimento de Produtores Independentes do MS, disse em entrevista ao Notícias Agrícolas que o setor se movimentou para que o aumento não ocorresse. O Fundersul, apesar de ser uma taxação que afeta em grande parte o setor produtivo, também terá efeitos nos centros urbanos, já que a gasolina terá um aumento de 6%. Além disso, o aumento nos impostos de produtos agrícolas irão afetar o consumidor final.

De acordo com Meren, os produtores rurais e as lideranças do setor continuarão se movimentando contra o aumento. Veja abaixo o depoimento de um produtor rural, que compartilhou sua indignação através das redes sociais:

NOTA OFICIAL DA FAMASUL


A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) e a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS) manifestam posição contrária ao aumento das alíquotas do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul), proposto pelo Governo do Estado, em Projeto de Lei que, segundo noticiado pela imprensa local, será encaminhado para apreciação da Assembleia Legislativa.

Entendemos a necessidade de se buscar alternativas para manter o equilíbrio das contas do estado, porém, no momento em que a sociedade vive os efeitos da crise econômica instalada no Brasil, o setor produtivo não pode ser penalizado com mais este acréscimo na já pesada carga tributária.

A agropecuária é responsável por aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB) e 95,2% das exportações sul-mato-grossenses, gerando emprego, renda e divisas para o estado. Devido à sua importância socioeconômica, acreditamos nos encaminhamentos do Legislativo Estadual para que a decisão seja contrária ao aumento proposto. Ao onerar ainda mais setores como o da agropecuária, um dos responsáveis pelo equilíbrio econômico brasileiro, o Estado joga contra as possibilidades de manutenção deste crescimento, ainda mais necessário nos momentos de crise.

Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul 
 

 

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Por:
Carla Mendes e Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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5 comentários

  • claudinei vitor gomes Campo Grande - MS

    Vejo isso como mais uma ação de quem é um milionário e não sente as consequências da carga tributária... Azambuja, o pior governador dos últimos 24 anos....

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  • Sebastião Ferreira Santos Fátima do Sul - MS

    Esse governador do MS, Reinaldo Azambuja, é um tremendo cara-de-pau... um sujeito que veio do agro e, agora no poder, penaliza o setor em prol de seus interesses de fazer caixa para suas campanhas políticas -- e manter seus capachos politicos à tira-colo. Todos os candidatos a prefeito aliados que foram derrotados nas ultimas eleições tiveram um cargo criado dentro do governo apenas como cabide para fazer política durante os quatro anos do Reinaldo. Isso é uma pouca vergonha.

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    • Adalberto José Munhoz Campo Mourão - PR

      Sou produtor aqui em Mambore (PR)... e sobre desmandos de governadores lembro que aqui passamos por um episódio parecido ao do MS. Quando Roberto Requião esteve no governo paranaense a soja RR não saia do Estado, pois os portos do Paraná não embarcavam navios com essa variedade... pura canalhice ideológica...

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Eu vou responder a pergunta sobre o porquê de os políticos não facilitarem a vida de quem trabalha no setor produtivo. É porque os interesses deles são outros..., por exemplo, mantém o estado inchado e cheio de mordomias aos funcionários públicos, e, de outro lado, garantem vida boa e mansa aos políticos, assim mantém - para eles - um estado cheio de regalias, fornecendo empréstimos subsidiados aos amigos, e aumentando o endividamento público... contas feitas em teu nome, viu? ... Entre outros inúmeros motivos é por isso que os produtores rurais são mantidos como porquinhos... que suas "incelenças" (e demais funcionários públicos e burocratas) ... vão engordando para comer no natal.

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  • Namir Bertuol Londrina - PR

    Um estado que só pensa em extorquir o produtor ... Até quando ?!

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    • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

      Até o dia que for feita uma reforma administrativa de verdade no setor público, acabando com as mordomias e privilégios. Atualmente, do presidente da república, governadores e prefeitos, com raras exceções, só estão lá para assinar cobrar impostos e no final do mês repassar aos servidores públicos. Vejam que para investimentos, que é o que mais interessa ao pagador de impostos, são meros 3% da arrecadação. Portanto, sem diminuir os gastos públicos, não haverá redução da carga tributária.

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  • daniel dalossio chapadão do sul - MS

    É pra acabar... nem estrada pra produzir nós temos aqui no estado.... uma corja!

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