Meteorologia prevê mais 2 ondas de geadas; impacto nos preços será inevitável, e atingirá Bolsonaro

Publicado em 21/07/2021 16:27
Tempo & Dinheiro
Edição desta 4a.feira, 21/julho/21

Área de soja no Brasil deve crescer 6,7% na safra 2021/22, diz Pátria AgroNegócios

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SÃO PAULO (Reuters) - A alta remuneração projetada para a cultura da soja na próxima safra deve elevar em 6,7% a área de plantio da oleaginosa, para 40,85 milhões de hectares, estimou nesta quarta-feira a consultoria Pátria AgroNegócios em seu primeiro levantamento para a temporada 2021/22.

O aumento de área representa quase o dobro da elevação observada no plantio de 2020/21, ressaltou a consultoria em nota.

"A Pátria lembra que mais de dois terços de todos os novos talhões estimados para a soja neste ano (2021/22) serão provenientes de pastagens de baixo rendimento", afirmou.

Com isso, a produção estimada para a soja do ciclo que começa em setembro é de 144,77 milhões de toneladas, alta de 6% ante a temporada anterior.

A produtividade, no entanto, deve ter um leve recuo de 0,8%, para 3.544 quilos por hectare. A expectativa de rendimento foi baseada no crescimento médio dos últimos 10 anos para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul; e nos últimos 5 anos para o Norte e Nordeste.

Tentativa de Putin de controlar os preços de alimentos ameaça o setor de grãos

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(Reuters) - Durante uma sessão televisionada com cidadãos russos comuns no mês passado, uma mulher pressionou o presidente Vladimir Putin sobre os altos preços dos alimentos.

Valentina Sleptsova questionou o presidente sobre o motivo das bananas do Equador agora serem mais baratas na Rússia do que cenouras produzidas localmente e perguntou como a sua mãe pode sobreviver com um "salário de subsistência" com o custo de alimentos básicos como batatas tão altos, de acordo com uma gravação do evento anual.

Putin reconheceu que os altos custos dos preços dos alimentos são um problema, incluindo a "chamada cesta de borsch" de legumes básicos, culpando os aumentos mundiais dos preços e a escassez doméstica. Porém ele afirmou que o governo russo tomou medidas para lidar com o problema e que outras medidas estão sendo discutidas, sem elaborar.

Sleptsova representa um problema para Putin, que conta com amplo consentimento público. Os maiores aumentos nos preços de consumo estão perturbando alguns eleitores, particularmente os russos mais velhos em pequenas pensões que não querem ver um retorno aos anos 90 quando uma inflação muito alta levou à escassez de alimentos.

Isso levou Putin a pressionar o governo a tomar medidas para combater a inflação. As ações do governo incluem taxas nas exportações de trigo, que foi introduzida no mês passado numa base permanente, e limitar o preço de varejo de outros alimentos básicos.

Porém ao fazer isso, o presidente enfrenta uma escolha difícil: ao tentar evitar descontentamento entre os eleitores com a alta dos preços ele arrisca prejudicar o setor agrícola da Rússia, com os produtores do país reclamando de novas taxas e desencorajando-os de fazer investimentos a longo prazo.

Preços de petróleo ampliam ganhos apesar da alta nos estoques dos EUA

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LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo subiram mais de 3% nesta quarta-feira, estendendo os ganhos da sessão anterior, uma vez que o apetite ao risco aumentou, apesar de dados mostrarem um aumento inesperado nos estoques da commodity dos EUA na semana passada e uma perspectiva de demanda mais fraca devido ao aumento de infecções pelo coronavírus.

Os futuros do petróleo Brent ganhavam 2,13 dólares, ou 3,1%, para 71,48 dólares por barril às 11:03 (horário de Brasília). Os futuros do petróleo bruto dos EUA West Texas Intermediate (WTI) subiram 2,27 dólares, ou 3,4%, para 69,47 dólares o barril.

"O petróleo... parece ter encontrado apoio à medida que o apetite pelo risco aumenta mais uma vez", disse Ricardo Evangelista, analista da ActivTrades.

"Este apoio vem depois das quedas registradas nas últimas sessões, que foram desencadeadas pela apreensão sobre o impacto da variante Delta... bem como do acordo entre os países da Opep+ para aumentar a produção", acrescentou.

Os preços do petróleo caíram na segunda-feira após um acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecidos como Opep+, para aumentar a oferta em 400.000 bpd por mês, de agosto a dezembro. A liquidação foi exacerbada pelo temor de que um aumento nos casos da variante Delta do coronavírus em grandes mercados como os Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão afetará a demanda.

Um potencial aumento nos estoques dos EUA pesava sobre os preços no início da sessão.

Os estoques de petróleo bruto cresceram 2,1 milhões de barris na semana até 16 de julho, para 439,7 milhões de barris, conforme dados da Administração de Informações sobre Energia (EIA, na sigla em inglês). Analistas consultados pela Reuters esperavam queda de 4,5 milhões de barris.

Guedes reitera disposição de taxar dividendos em 20%

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que o governo está decidido a ser ousado em sua reforma tributária, favorecendo as empresas e os trabalhadores, mas reiterou a disposição de taxar os dividendos distribuídos às pessoas físicas em 20% de forma a aumentar a tributação dos "super-ricos".

Em coletiva de imprensa para comentar os dados da arrecadação de junho, o ministro afirmou que sua equipe está ouvindo o setor privado sobre sua proposta de reforma tributária e indicou que alguns pontos da versão original encaminhada ao Congresso poderão ser alterados ou retirados.

"Mas o essencial nós faremos, que é tributar juros e dividendos, reduzir a tributação para 31 milhões de brasileiros, os contribuintes assalariados, e isentar os profissionais liberais, que se chamam os pejotinhas", disse Guedes, acrescentando que o governo não quer taxar médicos e dentistas, mas os grandes escritórios e os super-ricos.

"Nós estamos querendo justamente baixar (tributação das empresas) de 34% para alguns setores para 21,5%. E nós queremos da mesma forma subir de zero para 20% o imposto sobre dividendos", acrescentou o ministro.

Para Guedes, o nível de arrecadação recorde alcançado pelo país no primeiro semestre é sustentável e independe do crescimento da economia à frente.

Dados da Receita mostraram que a arrecadação cresceu 24,5% em termos reais no primeiro semestre do ano, para 881,966 bilhões de reais, maior valor da série.

"O que nós vamos fazer é justamente pegar uma parte desse aumento de arrecadação e transformar isso numa redução de alíquotas e simplificação de impostos, como sempre prometemos", disse o ministro.

Arrecadação federal salta 24,5% no semestre e Guedes reforça nível sustentável das receitas

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BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação federal voltou a apresentar um crescimento real expressivo sobre 2020 no mês de junho, de 46,77%, e acumulou no semestre um valor recorde de 881,966 bilhões de reais para o período, mostraram dados divulgados pela Receita Federal nesta quarta-feira.

O salto da arrecadação ocorre em meio à retomada da economia após a grave crise sofrida no ano passado com a paralisação das atividades diante da pandemia da Covid-19, que afetou a tributação do consumo e da renda. Além disso, como medida de alívio às empresas, o governo postergou em 2020 o pagamento de uma série de tributos, o que não foi repetido na mesma intensidade neste ano.

As receitas somaram 137,169 bilhões de reais em junho, segundo maior valor para o mês da série da Receita, que tem início em 1995. Em junho de 2011, a arrecadação foi de 143,793 bilhões de reais, segundo dados corrigidos pelo IPCA.

A alta real das receitas no semestre na comparação com 2020 foi de 24,49%.

Segundo a Receita, excluindo o impacto sobre a arrecadação dos principais fatores não recorrentes e de alterações na legislação, como recolhimentos atípicos e diferimentos, a arrecadação teria crescido menos --20% em junho e 13,14% no semestre na comparação com 2020.

Ainda assim, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o patamar de arrecadação obtido no semestre é sustentável à frente, independentemente do desempenho da economia, e reiterou que a receita maior será usada para cobrir perdas com as medidas propostas pelo governo em sua reforma tributária.

"Mesmo se o Brasil parasse de crescer daqui para frente, nós já teríamos esse nível de arrecadação atingido e portanto sustentável", disse Guedes.

"O nível de arrecadação, com o regime fiscal que temos hoje, se mantém. O que nós vamos fazer é justamente pegar uma parte desse aumento de arrecadação e transformar isso numa redução de alíquotas e simplificação de impostos, como sempre prometemos", disse o ministro.

Na semana passada, Guedes havia dito que a arrecadação do semestre veio 100 bilhões de reais acima do previsto e que o valor seria suficiente para cobrir as perdas potenciais do governo com sua proposta de reforma do Imposto de Renda, estimadas em 30 bilhões de reais.

"Isso não está nos preocupando muito agora porque só de o PIB voltar para o patamar semelhante ao que estava antes da pandemia já veio uma arrecadação 100 bilhões (de reais) acima do previsto agora", disse Guedes na semana passada. [nL1N2OQ1VI]

A Receita informou que vai atualizar nesta quinta-feira suas projeções para as receitas no ano.

No semestre, todos os setores da economia analisados pela Receita tiveram alta na arrecadação, com destaque para a extração de minerais metálicos (+175,6%), metalurgia (+79,7%) e fabricação de produtos de borracha e plástico (+67,3%).

Os tributos cuja arrecadação mais cresceu foram o Imposto de Renda da Pessoa Física (+46,1%) e os impostos vinculados à importação (+43,2%).

Bolsonaro decide recriar Ministério do Trabalho e Onyx deve assumir

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro decidiu recriar o Ministério do Trabalho, hoje uma secretaria especial do Ministério da Economia, em uma pequena reforma ministerial que planeja fazer e pretende entregar a nova pasta a Onyx Lorenzoni, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, de acordo com duas fontes ouvidas pela Reuters.

No início da tarde, durante a entrevista para apresentar os dados da arrecadação de junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou as mudanças sem citar especificamente a criação de um novo ministério.

"Vamos acelerar o ritmo de criação de empregos inclusive com uma reorganização nossa interna. Vamos fazer uma mudança organizacional", disse Guedes. "São novidades que o presidente deve trazer rapidamente e essas novidades são justamente na direção de emprego e renda."

A mudança faz parte de movimentos do governo para tentar agradar o centrão em um momento de fragilidade do governo, que enfrente acusações de corrupção, a CPI da Covid no Senado e uma queda drástica na popularidade.

De acordo com uma das fontes, apesar da resistência do ministro da Economia, Paulo Guedes, em dividir sua pasta, ele terminou por concordar em abrir mão do Trabalho.

"O que se disse é que essa é uma área já resolvida", disse a fonte.

Onyx se reuniu com Guedes nesta manhã na Economia para tratar da mudança, disseram as fontes.

A divisão do Ministério da Economia é uma das cobranças do centrão a Bolsonaro. O grupo de parlamentares que hoje garante a base do governo pedia a separação de áreas como Trabalho e Comércio Exterior.

O próprio presidente confirmou, em entrevista a uma rádio na manhã desta quarta, que fará uma "pequena mudança ministerial".

Dentre essas alterações está a ida de Luiz Eduardo Ramos para a Secretaria-Geral --daí a necessidade de deslocar Onyx-- para abrir a Casa Civil para um nome do Senado. No momento, de acordo com fontes, o nome mais provável é do senador Ciro Nogueira (PP-PI).

Presidente do partido, Ciro é considerado um nome chave para assegurar o apoio ao governo no Congresso.

Bolsonaro diz que governo vai liberar recursos contingenciados no Orçamento

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BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal vai liberar o restante dos recursos do Orçamento contingenciados até agora, cerca de 5 bilhões de reais, depois de um aumento recorde de arrecadação, disse nesta quarta-feira o presidente Jair Bolsonaro em uma entrevista a uma rádio do interior paulista.

"Temos que ter responsabilidade. Trabalhamos, conseguimos no dia de ontem aqui com Paulo Guedes e vários outros ministros também, como a arrecadação tem aumentando assustadoramente, estou até preocupado positivamente, óbvio né, a arrecadação subiu assustadoramente, nós resolvemos descontigenciar todos os recursos previstos no Orçamento dos ministérios, todos", disse o presidente.

De acordo com uma fonte, a decisão foi tomada na noite de terça durante reunião da Junta Orçamentária.

Os dados da arrecadação federal, apresentados na manhã desta quarta, mostram que o governo arrecadou 137,2 bilhões de reais em junho, um aumento real de 46,77% maior do que no mesmo mês do ano passado.

No semestre, a arrecadação chegou a 882 bilhões de reais, 24,5% maior que em 2020.

O aumento acima do previsto liberou o governo para autorizar todos os ministérios a gastarem todo o valor previsto no Orçamento.

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Fonte:
T&D/Reuters

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