Soja sofre do mal do sucesso: quando tudo começa a ir bem (com a chegada das chuvas), os preços caem

Publicado em 30/08/2021 16:23
Tempo & Dinheiro
Edição do Tempo&Dinheiro deta 2a.feira, 30/agosto/21, com João Batista Olivi

Soja aprofunda baixas na Bolsa de Chicago nesta 2ª feira com set/21 liderando as baixas

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No início da tarde desta segunda-feira (30), os preços da soja intensificam suas baixas na Bolsa de Chicago com pressão do vencimento de alguns contratos e se aproximando do aviso de entrega. "Como está no aviso de entrega (o setembro/21, que lidera as baixas) e as processadoras estão derrubando o basis local lá no Meio-Oeste americano", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities. Ou seja, as indústrias norte-americanas sinalizam que já não querem mais soja disponível, somente da nova safra, e ajudam a derrrubar o contrato mais curto. 

Dessa forma, a baixa no setembro, por volta de 12h10 (horário de Brasília), era de 35,75 pontos, enquanto os demais cediam entre 11,25 a 14,50 pontos, e vinha cotado a US$ 13,23 por bushel. O novembro/21, referência para a safra dos EUA, tinha US$ 13,08, e o maio/22, US$ 13,22. 

E mais do que isso, Vanin explica ainda que o mercado está em sua "descendente sazonal da colheita", dadas as condições mais favoráveis para os trabalhos de campo, com o tempo mais seco em alguns pontos do Corn Belt onde a colheia está próxima. E caso isso se confirme, mais soja chegará mais cedo ao mercado nesta temporada. 

De outro lado, preocupações com os possíveis impactos do furacão Ida nos EUA. De acordo com informações apuradas pelo Grupo Labhoro, o final de semana foi de boas chuvas em regiões como o leste das Dakotas, Nebraska, centro e norte de Iowa, Minnesota e  Wisconsin. De outro lado, porém, o furacão Ida também se mostra no radar dos traders, uma vez que poderiam provocar tempestades no estado da Louisiana e Mississipi. 

"Essas fortes chuvas devem atingir regiões produtoras de milho, soja, cana, arroz e algodão", explica o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. "Os produtores de milho aceleraram a colheita do  que foi possível colher, tentando com isso evitar grandes prejuízos. Na região tem soja em fase de  amadurecimento. Há ainda a expectativa é de que alguns prejuízos possam acontecer para as demais culturas", complementa.

Assim, os mapas atualizados pelo NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, mostram os volumes maiores de chuvas sendo esperados para os próximos dias mais a leste dos EUA. Os estados com as precipitações mais intensas deverão ser Kentucky, Tenessee, Mississipi e Alabama. Veja no mapa abaixo, com previsão para o período de 30 de agosto a 6 de setembro:

NOAA 7 dias

O mercado, portanto, também espera pelo novo boletim semanal de acompanhamento de safras que será divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) às 17h (Brasília), depois do fechamento do mercado. 

Paralelamente, atenção sobre o comportamento da demanda - em especial da China - e ao financeiro, em especial o comportamento do dólar. O índice dólar segue operando com estabilidade - testando leve recuo de 0,02% na tarde desta segunda-feira - e na demanda, mais notícias de compra de soja por parte da China nos EUA de 256 mil toneladas. 

Leia mais:

+ China compra mais 256 mil t de soja nos EUA nesta 2ª feira com atenção às processadoras

Por:  Carla Mendes; Fonte:  Notícias Agrícolas

Nota pedindo pacificação política será adiada, diz Fiesp

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BRASÍLIA (Reuters) - Nota assinada por diversas entidades pedindo pacificação política terá sua publicação adiada, informou nesta segunda-feira a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que está capitaneando a investida, alegando interesse demonstrado por outras associações de também participar da iniciativa.

A nota, que pede pacificação política e estabilidade institucional, contava com o apoio da Febraban, associação que reúne os bancos no país. Mas Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, controlados pela União, ameaçaram sair da entidade caso ela fosse publicada, pela avaliação de que marcava um posicionamento político contra o governo Jair Bolsonaro, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

A decisão de adiar a divulgação foi tomada pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou a assessoria de imprensa da entidade. Skaf havia estabelecido o prazo de adesão até a última sexta-feira, mas decidiu alongá-lo para ao longo desta semana. Não há previsão de nova data para publicação da nota, que anteriormente era esperada para esta semana, acrescentou a assessoria.

Nesta segunda-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a informação que recebeu é que teria sido uma sugestão da Febraban transformar o que seria um texto de defesa da democracia em um ataque ao governo. "Aí a própria Fiesp teria dito 'então eu não vou fazer esse manifesto', e o manifesto parece que está até suspenso por causa disso, não estão chegando a um acordo", disse Guedes.

Em nota, a entidade dos bancos negou ter participado da elaboração de texto com ataques ao governo e afirmou que o manifesto submetido pela Fiesp pedia colaboração entre os Poderes da República e alertava para os efeitos do clima institucional sobre as expectativas e a atividade. O texto, segundo a Febraban, é fruto de elaboração conjunta de representantes de vários setores, inclusive o financeiro.

Segundo a assessoria da Fiesp, a nota foi debatida entre o presidente da entidade, Paulo Skaf, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Em condição de anonimato, duas fontes da equipe econômica disseram que o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ficou especialmente incomodado com a nota e entrou em contato com Bolsonaro para expressar sua contrariedade.

A partir da conversa, o tema foi debatido dentro do governo no fim de semana e ficou acordado que tanto a Caixa quanto o Banco do Brasil sairiam da Febraban caso o manifesto fosse publicado com a assinatura da entidade.

A Febraban afirmou em sua nota que não comenta sobre posições atribuídas a seus associados. A entidade disse ter submetido o texto da Fiesp a sua própria governança, que aprovou ter sua assinatura no material.

Uma das fontes da equipe econômica afirmou que, em função da discordância, o governo queria que cada banco assinasse por si.

O Ministério da Economia acabou avaliando, internamente, que o tema acabou ganhando mais importância do que deveria, acrescentou a fonte, já que o tom da nota não era direcionado ao Executivo em particular, e com a polêmica tendo sido suficiente para suscitar, em agentes de mercado, a leitura de ingerência política nas instituições a partir da ameaça dos bancos públicos de sair da Febraban.

Guedes diz que Febraban teria sugerido tom crítico contra o governo em manifesto, entidade nega

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira que a informação que recebeu é que a Febraban teria sugerido uma alteração no tom de um manifesto em defesa da democracia que está sendo articulado pela Fiesp com outras organizações empresariais para que o texto se transformasse em um ataque ao governo.

"Aí a própria Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) teria dito 'então eu não vou fazer esse manifesto', e o manifesto parece que está até suspenso por causa disso, não estão chegando a um acordo", disse Guedes em Brasília a jornalistas, ressaltando não estar envolvido em discussões sobre o tema por estar focado na questão dos precatórios.

Em nota divulgada nesta tarde, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) negou ter participado da elaboração de texto com ataques ao governo ou oposição à atual política econômica.

"O conteúdo do manifesto pedia serenidade, harmonia e colaboração entre os Poderes da República e alertava para os efeitos do clima institucional nas expectativas dos agentes econômicos e no ritmo da atividade", disse a Febraban, acrescentando que o texto apresentado pela Fiesp foi submetido à aprovação de sua própria governança, que autorizou ter sua assinatura na nota.

"Nenhum outro texto foi proposto e a aprovação foi específica para o documento submetido pela Fiesp. Sua publicação não é decisão da federação dos bancos", disse a Febraban.

Guedes disse que a Febraban está muito ativa na defesa dos interesses dos bancos na reforma tributária, o que ele disse considerar "louvável".

"Acho que se ela defender a democracia também é muito bom, nós queremos a defesa da democracia, das reformas, tá tudo bom, tá tudo certo", disse.

"Agora se tem algum banco público não querendo assinar possivelmente é porque os termos... a informação que eu tenho é a seguinte, que haveria um manifesto em defesa da democracia, e aí não haveria problema nenhum. E que alguém na Febraban teria mudado isso para, em vez de ser uma defesa da democracia, seria um ataque ao governo", afirmou Guedes.

A Fiesp confirmou nesta segunda-feira que a divulgação do texto será adiada, alegando haver interesse de outras associações de também participar da iniciativa.

Bolsonaro diz que Moraes prepara "sanção restritiva" contra ele

BRASÍLIA (Reuters) - Alvo no inquérito das fake news e em outras investigações, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira --sem apresentar evidências-- que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes estaria preparando uma medida restritiva contra ele, eventualmente quando deixasse o governo.

A fala de Bolsonaro ocorreu em entrevista veiculada pelas redes sociais, após ter sido questionado por declaração no sábado em que havia citado prisão, morte ou vitória como perspectivas para seu futuro, apesar de rapidamente ter descartado a chance de ser preso.

"Tenho três alternativas para o meu futuro: estar preso, ser morto ou a vitória. Pode ter certeza: a primeira alternativa, preso, não existe", afirmou ele, ao participar de evento em Goiânia.

Nesta segunda, o presidente procurou esclarecer a declaração.

"Eu quis dizer que está uma pressão muito grande. Você pode ver, quando a gente fala em voto eletrônico, voto impresso, passou a ser crime. Quando você fala em tratamento precoce, passou a ser crime", explicou.

"E o ministro Alexandre de Moraes me colocou no inquérito das fake news, o inquérito do fim do mundo. Inquérito sem participação do Ministério Público. O que eles querem com isso aí? Aguardar o momento para me aplicar uma sanção restritiva, quem sabe quando eu deixar o governo lá na frente", acrescentou.

"Falei isso num momento de desabafo e não deixa de ser uma realidade", disse.

Bolsonaro chamou Moraes de "dono do inquérito" e que isso não pode ser feito. Ele disse que quer para o Brasil que as pessoas tenham liberdade de expressão.

A assessoria de imprensa do Supremo informou que Moraes não vai comentar a fala de Bolsonaro.

O presidente passou recentemente a ser um dos investigados no inquérito das fake news após ter realizado uma live na qual, apesar de ter prometido diversas vezes que apresentaria provas de fraudes em eleições passadas, mostrou apenas vídeos desmentidos anteriormente do que seriam indícios de fraudes problemas nas urnas eletrônicas.

Bolsonaro insiste em mudar o modelo para voto impresso em urnas eletrônicas, mesmo com a proposta já tendo sido derrotada pelo plenário da Câmara.

7 DE SETEMBRO

Bolsonaro disse que espera uma manifestação espontânea de brasileiros no feriado de 7 de setembro, Dia da Independência, e confirmou que vai participar de atos em Brasília e em São Paulo.

Segundo o presidente, a grande pauta da manifestação vai ser a liberdade de expressão, criticando que não pode uma pessoa no Supremo e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) --referência indireta ao presidente da corte, Luís Roberto Barroso, decidir tudo.

Apesar das falas de Bolsonaro, autoridades principalmente em Brasília estão preocupadas que os atos possam pedir, por exemplo, o fechamento do STF e têm buscado reforçar a segurança do centro do país e apaziguar os ânimos.

Bolsonaro aponta morte ou vitória para futuro e descarta chance de ser preso

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro citou neste sábado prisão, morte ou vitória como perspectivas para seu futuro, mas rapidamente descartou a chance de ser preso.

"Tenho três alternativas para o meu futuro: estar preso, ser morto ou a vitória. Pode ter certeza: a primeira alternativa, preso, não existe", afirmou ele, ao participar do 1º Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos em Goiânia.

"Nenhum homem aqui na Terra vai me amedrontar. Tenho a consciência de que estou fazendo a coisa certa. Não devo nada a ninguém. E ninguém deve nada a mim também", completou ele.

Sempre duramente criticada por Bolsonaro, o presidente disse que a CPI da Covid no Senado enquadrou como gabinete paralelo a promoção de lives sobre o tratamento precoce, mas em seguida emendou ter confiança em seu posicionamento e que tomou hidroxicloroquina após ter contraído o coronavírus por orientação "de pessoas", não pela sua cabeça.

"Nós estamos do lado certo, nós temos a pureza, nós queremos a solução, nós temos Deus no coração, não temos maldade", disse.

"TUDO TEM LIMITE"

Bolsonaro voltou a criticar a atuação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, e disse não desejar rupturas, mas pontuando que há limite para tudo.

"Quando um presidente de um Tribunal Superior Eleitoral desmonetiza páginas de apoiadores do governo, ele abre brecha para que presidentes de tribunais regionais eleitorais façam a mesma coisa pra defender o seu respectivo governador. Isso não é democracia. A liberdade de expressão tem que valer para todos", afirmou ele.

"Temos um presidente que não deseja e nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossa vida. Não podemos continuar convivendo com isso", acrescentou ele.

O presidente conclamou a participação de evangélicos nas manifestações a seu favor marcadas para 7 de setembro.

Bolsonaro disse haver preocupação de todos com o vírus, em referência à pandemia de Covid-19, mas pontuou que fome e miséria também matam, voltando a criticar lockdowns e o fechamento de igrejas.

"O objetivo de alguns era quebrar o governo pela economia. Não conseguiram", disse, repetindo uma declaração recorrente, complementando que o governo federal "tudo fez desde o primeiro momento" para o combate à pandemia.

Dólar perde força e vai às mínimas do dia com apetite global por risco

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar perdia força ante o real no fim da manhã desta segunda-feira, acompanhando o menor vigor da moeda norte-americana lá fora diante de mais um dia de busca por risco diante do alívio em receios de um corte iminente de estímulos nos EUA.

O dólar à vista caía 0,15%, a 5,1894 reais, por volta de 12h16, pouco depois de renovar a mínima intradiária ao descer a 5,1825 reais (-0,28%). Na máxima, alcançada ainda na primeira meia hora de negócios, a moeda subiu 0,58%, a 5,2273 reais.

No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de divisas tinha variação negativa de 0,01%, após subir 0,12% mais cedo.

O mercado seguia sob a batuta da sinalização do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) dada no fim da semana passada de que não deverá haver redução de compras de títulos até o fim do ano. Na ocasião, o chair do Fed, Jerome Powell, indicou também que alta de juros ainda é um cenário distante.

As falas melhoraram o humor dos investidores porque apontam manutenção de injeção mensal de 120 bilhões de dólares no mercado, liquidez que pode continuar a fluir para ativos de risco --como ações, moedas emergentes e commodities--, o que em parte ajuda a explicar os sucessivos recordes em mercados de ações nos EUA, sobretudo, e também na Europa.

BOLSA EUA - S&P 500 e Nasdaq tocam máximas recordes com alívio em temores sobre redução de estímulo

(Reuters) - Os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram máximas recordes nesta segunda-feira, com comentários "dovish" do Federal Reserve na semana passada reforçando o otimismo em relação à recuperação econômica e diminuindo temores de uma redução repentina no estímulo monetário.

Falas "dovish" indicam menor urgência para redução de estímulos ou alta de juros.

Apple, Microsoft, Amazon.com, Alphabet (controladora do Google) e Nvidia subiam entre 0,6% e 1,3%, ajudando o Nasdaq a superar os outros dois principais índices.

O S&P 500 está caminhando para sua maior sequência de ganhos mensais desde 2018, em meio à promessa de dinheiro fácil e com investidores ignorando sinais de desaceleração da recuperação econômica e um salto nos casos de Covid-19.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse na sexta-feira que o banco central continuará a ser cauteloso em sua abordagem sobre a redução do estímulo da era da pandemia, reafirmando acreditar numa recuperação econômica estável nos EUA.

"Os investidores acham que um regime de juros baixos é um sinal verde para permanecerem alocados em ações e estão mais interessados em fazer parte dessa alta dramática do que temer a queda do mercado", disse Rick Meckler, sócio da Cherry Lane Investments.

O S&P 500 subia 2,6% no acumulado de agosto --período sazonalmente fraco para as ações--, e analistas do Wells Fargo disseram na semana passada que o índice deve ganhar mais 8% até o fim do ano.

Às 12:06 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,09%, a 35.486 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,520694%, a 4.533 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 0,84%, a 15.257 pontos.

BOLSA EUROPA - Índice fica estável no dia, mas caminha para alta mensal

(Reuters) - As ações europeias terminaram em torno da estabilidade nesta segunda-feira, com um feriado britânico contribuindo para um dia de negociações mais fracas, mas o mercado acionário do continente caminha para fortes ganhos mensais, com base nas expectativas de que o apoio contínuo de bancos centrais sustentará a recuperação econômica.

O índice STOXX 600, referência para os mercados de ações da região, terminou praticamente inalterado, aos 472,68 pontos, mas está prestes a fechar agosto com um aumento de 2,4% --o que marcaria seu sétimo mês consecutivo de ganhos e a mais longa série do tipo em mais de oito anos.

As ações de empresas de produtos químicos, que provavelmente se beneficiarão da recuperação econômica, tiveram o melhor desempenho diário, em alta de 0,6%, enquanto papéis de tecnologia ganharam 0,5%.

As ações globais permaneciam amparadas após o chair do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, explicar na sexta-feira por que o banco central não via pressa em apertar a política monetária. Powell também não deu sinal algum de quando planeja cortar o volume de compras de ativos pelo Fed, embora tenha afirmado que poderia ser "neste ano".

"Para os mercados de ações, o processo gradual é positivo, porque está claro que o Fed quer continuar a apoiar a economia pelo tempo que for necessário para alcançar uma recuperação completa", disse Willem Sels, diretor de investimentos da área de private banking e gestão de fortunas do HSBC.

"Portanto, não é surpresa que setores cíclicos tenham reagido de forma mais positiva às notícias."

Em LONDRES, não houve negociação devido a um feriado.

Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,22%, a 15.887,31 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,08%, a 6.687,30 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,07%, a 26.024,27 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,61%, a 8.867,90 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,27%, a 5.340,41 pontos.

Exportadores dos EUA vendem 256 mil t de soja para China com entrega em 2021/22, diz USDA

(Reuters) - Os exportadores norte-americanos reportaram vendas de 256 mil toneladas de soja para a China com entrega no ciclo 2021/22, informou nesta segunda-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).

O ano comercial da oleaginosa nos EUA começa nesta quarta-feira.

Por lei, os exportadores devem informar prontamente as vendas acima de 100 mil toneladas de uma commodity, e 20 mil ou mais toneladas de óleo de soja, feitas em um dia. Volumes menores são relatados semanalmente.

Colheita de milho 2ª safra chega a 89% da área no centro-sul e tira atraso, diz AgRural

SÃO PAULO (Reuters) - A colheita de milho segunda safra 2020/21 alcançou 89% da área no centro-sul até o dia 26 de agosto, avanço de 10 pontos percentuais na semana que fez com que os trabalhos ultrapassassem o patamar de 87% registrado em igual período do ciclo anterior, disse nesta segunda-feira a consultoria AgRural.

Os trabalhos estão encerrados em Mato Grosso, praticamente finalizados em São Paulo e na reta final em Goiás.

"Minas Gerais e Mato Grosso do Sul vêm em seguida, à frente do Paraná, que segue com grande atraso, apesar de ter avançado muito bem durante a semana", detalhou a consultoria em nota.

A AgRural ainda informou que o plantio de milho verão 2021/22 atingiu 5,3% da área no centro-sul até a última quinta-feira, ante 4,1% uma semana antes e 8% no mesmo intervalo da temporada anterior.

"Os trabalhos seguem concentrados no Sul do país e puxados pelo Rio Grande do Sul, onde as boas chuvas registradas na semana passada resultaram em melhora expressiva da umidade do solo."

Mais cedo, nesta segunda-feira, a consultoria disse que o plantio da primeira safra do cereal deverá crescer apenas 0,6% em 2021/22, para 2,973 milhões de hectares, com produtores avaliando que os custos estão mais altos do que os da soja, cultura com quem concorre em área na safra de verão.

MFIG, de Taiwan, abre licitação para comprar até 65 mil t de milho

HAMBURGO (Reuters) - A taiuanesa MFIG deu início a uma licitação internacional para adquirir até 65 mil toneladas de milho para ração animal, que poderá ter como origem Estados Unidos, Brasil, Argentina ou África do Sul, disseram operadores do mercado europeu nesta segunda-feira.

O prazo para entrega das ofertas na licitação vai até terça-feira, 31 de agosto, segundo eles.

A MFIG busca cerca de 40 mil a 65 mil toneladas de milho amarelo para entrega em uma única remessa.

O embarque deverá ocorrer entre os dias 5 e 24 de novembro se o milho for originado do Golfo dos EUA, Brasil ou Argentina, disseram os operadores.

Caso a origem seja a região norte-americana do Noroeste do Pacífico ou a África do Sul, os embarques estão previstos para acontecer entre 20 de novembro e 9 de dezembro.

São procuradas ofertas com um prêmio sobre o contrato do milho para março de 2022 negociado em Chicago.

Em sua última licitação, anunciada em 3 de agosto, o grupo MFIG adquiriu cerca de 55 mil toneladas de milho com a África do Sul como origem.

Confiança de serviços melhora em agosto para máxima em quase 8 anos, diz FGV

SÃO PAULO (Reuters) - O setor de serviços do Brasil registrou em agosto alta da confiança para o nível mais alto em quase oito anos, diante da melhora no volume de trabalho conforme a economia reabre.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta segunda-feira que seu Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 1,3 ponto e chegou a 99,3 pontos, maior patamar desde setembro de 2013 (101,5 pontos). Foi a quinta alta mensal seguida, com o indicador consolidando-se acima do nível pré-pandemia.

"Ao contrário do que foi observado nos últimos meses, a alta foi mais influenciada pela melhora no volume de serviços no mês, enquanto as expectativas ficaram estáveis. Essa combinação sugere que a recuperação do setor vem avançando em paralelo às flexibilizações na pandemia", disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.

Os dados da FGV mostram que o Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, subiu 2,6 pontos, a 93,0 pontos, patamar mais alto desde junho de 2014.

No mês, o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, ganhou 0,1 ponto, a 105,7 pontos, mantendo-se no patamar mais alto desde novembro de 2012.

"Vale ressaltar que o cenário para os próximos meses ainda depende da recuperação da confiança do consumidor e carrega muita incerteza, especialmente associados aos riscos da variante Delta", completou Tobler.

A FGV ainda informou que o saldo do emprego previsto, que corresponde ao percentual das empresas que planejam aumentar seu quadro de funcionários nos próximos meses descontado do percentual de empresários que planejam reduzir, chegou em agosto a 10,4 pontos, maior resultado desde maio de 2014.

A atividade do setor de serviços do Brasil registrou ganhos em junho pelo terceiro mês seguido e bem acima do esperado, com alta de 1,7% sobre o mês anterior, encerrando o segundo trimestre 2,4% acima do patamar pré-pandemia e no maior nível em cinco anos, segundo dados do IBGE.

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