No Vale do Araguaia em Goiás, pecuaristas retiram animais da linha de abate do JBS com receio de não receber

Publicado em 24/05/2017 12:09
Confira a entrevista com Marcelo Marcondes - Presidente da APROVA
Apenas os pequenos frigoríficos continuam comprando animais para abate na região do Vale do Araguaia-GO , mas a demanda é menor que a oferta. Com boas condições de pastos , produtores evitam negócios e garantem que tem fôlego para manter animais por 30 ou 40 dias

O escândalo gerado pelas delações dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, proprietários da JBS, companhia que possui no Brasil 36 unidades de abate de bovinos, gerou um clima de apreensão e especulação entre os pecuaristas. Muitos estão retirando seus animais das escalas e evitando a venda, com medo de calote.

Na região do Vale do Araguaia (GO) a orientação é para que os produtores não vendam no prazo. Desde a semana passada a JBS assumiu postura de compra apenas com 30 dias e tem travado as negociações.

O presidente da Aprova (Associação dos Produtores do Vale do Araguaia), Marcelo Marcondes, conta que o mercado está "confuso". Os pecuaristas querem desovar os animais que foram engordados com estoque caro, mas também só vendem à vista.

Muitos estão entregando para frigoríficos menores que ainda pagam no ato. O problema é que essas indústrias já completaram suas escalas e não conseguem absorver toda a demanda.

Nas unidades da JBS "as escalas estavam prontas, mas os produtores estão retiraram seus animais", conta o presidente. Mesmo assim, o frigorífico continua pressionando os preços e mantendo o pagamento para trinta dias.

Na região as ofertas de compra da JBS variam de R$ 122/@ a R$ 123/@ no prazo. Enquanto os frigoríficos menores chegaram a pagar até R$ 127/@ nesta semana.

Para Marcondes, essa 'queda de braço' entre os produtores e um dos maiores frigoríficos do país, deve persistir pelas próximas semanas. A vantagem, segundo ele, é que os pecuaristas ainda têm condições de manter os animais no pasto - com custo menor - por pelo menos 30 a 40 dias, evitando a venda para empresa.

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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