Pecuarista que faz a gestão do negócio ganha dinheiro hoje e ganhará amanhã. Maioria está no prejuízo e vende vaca, por exemplo

Publicado em 18/05/2018 12:43
Maurício Velloso - Presidente da Associação Goiana dos Produtores de Novilho Precoce
A pecuária atual é para margem, a partir de fundamentos básicos, como boa compra de animais, informação e administração. O excesso de oferta hoje era esperado, mas há semanas os produtores poderiam ter travado ou mesmo vendido, sabendo que iria acontecer o efeito manada. Em Goiás, R$ 128 (prazo), com frigoríficos ainda forçando. Segundo semestre pode haver melhora do consumo e abate, que já vem melhor desde dezembro, segundo Maurício Velloso.

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Mercado do Boi Gordo, com Maurício Velloso - Presidente da Associação Goiana dos Produtores de Novilho Precoce

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O excesso de oferta do boi gordo no mercado fez com que os preços da arroba despencar. Tendo em vista, que a maioria dos pecuaristas tem prejuízos por que não fazem gestão do negócio de forma eficiente.

De acordo com o Presidente da Associação Goiana dos Produtores de Novilho Precoce, Maurício Velloso, maio é o pior mês para os preços da arroba em função de que os pecuaristas precisam migrar do período das águas para da seca e faça um reajuste do rebanho. “A maioria dos pecuaristas opta por descartar o maior número de animais possíveis exatamente neste momento e o mercado fica com uma oferta maior do que outros meses do ano”, afirma.

Contudo, muitos pecuaristas poderiam ter evitado o excesso de oferta se tivessem feito o travamento dos custos de produção ou vendido o animal diante desse efeito manada. “A estratégia não pode ser tomada por impulso e preciso que o produtor tenha um controle absoluto dos custos de produção e saber das tendências do mercado”, argumenta.

Ainda segundo a liderança, os pecuaristas que não mudarem a gestão da propriedade estão fadados a sair do negócio. “Desde que eu convivo neste setor, eu vejo pessoas ingressarem e vejo outros saírem da pecuária. É evidente que o período em que as margens eram de 50% e todos queriam estar neste ramo. E o gado deixou de ser uma reserva para ser algo rentável”, salienta.

Em relação ao abate de animais, o presidente destaca que houve um aumento significativo em determinados localidades, como os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás que tiveram um acréscimo em torno de 40% em relação ao mesmo quadrimestre de 2017.

“Veja bem, temos um acréscimo de 10% nos números para a exportação e percebemos que não cabe esse aumento de abate apenas exportação, pois a demanda interna está sendo contemplada também. A indústria frigorífica faz de tudo para oferecer um cenário irreal ao pecuarista”, comenta.

Expectativa para o mercado

A expectativa para o segundo semestre é que pode haver uma melhora no mercado, a partir do consumo e do abate de animais. “Nós temos índices indicando um aumento de 3,5% do PIB e vamos ter um incremento no consumo no mercado interno. Se continuarmos do jeito que estamos vamos ter um acréscimo de 10% nas exportações acima do ano passado”, finaliza.  

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Por:
Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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