Arroba do boi de R$ 230 em SP já é referência e preços podem alcançar os R$ 235 nos próximos dias, diz analista

Publicado em 03/08/2020 12:59 e atualizado em 03/08/2020 14:55
Breno Oliveira Soares Maia - Corretor de commodities Socopa
Lista de novas plantas habilitadas para exportar para a China já está em análise e frigoríficos de SP podem ser contemplados

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Entrevista com Breno Oliveira Soares Maia - Corretor de commodities Socopa sobre o Mercado do Boi Gordo

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Os preços para o boi China já se consolidaram no patamar dos R$ 230,00/@ no estado de São Paulo. Com a oferta restrita de animais e a demanda aquecida por carne bovina no começo do mês, a expectativa é que a referência alcance o patamar dos R$ 235,00/@ nos próximos dias.

De acordo com o Corretor de commodities Socopa, Breno Maia, a oferta restrita de animais ocorre pela a mudança no ciclo pecuário em que refletiu em uma redução no volume de abate de animais no primeiro semestre deste ano. “No entanto, a pandemia contribuiu para o recuo ainda maior no volume de animais terminados já que os preços futuros não estavam atrativos e as projeções para o consumo não eram boas”, afirma.

Algumas indústrias frigoríficas estão pagando preços maiores para a arroba desde a semana anterior e as escalas de abate não evoluem. “Tem alguns frigoríficos que tem programação de um dia e outros que fecharam as escalas para a semana toda. Como no estado do Goiás, em que os preços estão em R$ 22,00/@ para o boi China e com escala para amanhã, ou seja, estamos passando por uma falta de oferta de animais muito grave”, apontou.

Os compradores China estão comprando as proteínas animais com mais afinco no mês de julho, já que novos casos de peste suína estão acontecendo na potência asiática. “No segundo semestre historicamente é que temos mais volume embarcado de proteína animal e menor produção, ou seja, os preços devem seguir firmes”, destaca.

O analista ressalta que as exportações de carne bovina in natura já estão batendo o recorde, já que o mês de julho já embarcou mais toneladas do que foi observado no ano passado que exportou 133 mil toneladas. “Na última semana, o volume embarcado estava em 136 mil toneladas e podemos encerrar o mês com 174 mil toneladas exportadas”, comenta.

A estimava é que novas plantas frigoríficas venham a ser habilitadas a exportar para a China para os próximos dias. “Alguns relatos apontam que tem uma lista nova circulando no Ministério da Agricultura e já fizeram as auditorias, inclusive são unidades frigoríficas localizadas em São Paulo”, diz Maia.

Com relação à demanda interna, o analista apontou que o auxilio emergencial contribuiu para a manutenção da demanda e que os dados de empregos estão mais positivos do que o mercado esperava. “Eu acredito que vamos ter uma retomada da economia e com a demanda externa aquecida, podemos ter uma sustentação do mercado”, conclui.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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