Valorização da arroba nos últimos meses compensou os custos do confinamento

Publicado em 16/11/2020 12:47 e atualizado em 16/11/2020 19:22
Bruno Andrade - Diretor de operações do IMAC
Os custos com a alimentação tiveram um aumento de 30%, enquanto o preço da diária do confinamento teve um incremento de 46% se comparado com os valores de 2019.

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Entrevista com Bruno Andrade - Diretor de operações do IMAC sobre o Mercado do Boi Gordo

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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Diretor de operações do IMAC, Bruno Andrade, destacou que o aumento na intenção de confinar foi em função da expectativa da valorização dos preços do arroba. “Essa valorização dos preços estimulou parte dos pecuaristas a produzirem mais animais confinados neste 2ª semestre”, afirma.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou o último levantamento das intenções de confinamento em 2020, na qual projeta um aumento de 10,74% frente aos resultados da 2ª intenção de confinamento do divulgado pelo o instituo em agosto. O resultado ainda é 13,87% menor em relação aos dados consolidados de 2019. A estimativa de animais confinados neste ano está em 709,93 mil cabeças, sendo que as preocupações citadas pelos entrevistados são as altas dos insumos e dos animais de reposição.

Os custos com a alimentação influenciaram muito na intenção do pecuarista em engordar o animal, já que os preços do milho e farelo de soja tiveram um aumento de 30% neste ano. “É um desafio para o pecuarista que precisa originar insumos para a alimentação, mas acabou compensando com a valorização da arroba nos últimos dias", afirma. 

A questão de rentabilidade ao pecuarista vai depender da localidade que ele está e se tem cereal disponível, mas de um modo geral os produtores foram bem remunerados. A preocupação com o confinamento fica para o próximo ano, pois pode ser um ano muito dificil com a reposição e milho elevado. 

As exportações de carne bovina mato-grossense cresceram 15,37% de setembro a outubro de 2020, alcançando 47,95 mil toneladas equivalente carcaça (TEC) vendidas. É o segundo melhor desempenho do ano, ficando atrás somente de julho, com exportações de 49,08 mil TEC. "Esse aumento pode estar atrelado ao fato dos preços do estado ser mais baixo que em São Paulo e por muitas indústrias habilitadas a exportar para a China", disse Andrade. 

Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), com elaboração do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), e contrastam com os do Brasil, que viu as exportações de carne bovina caírem 4% em outubro. No mês, o estado respondeu por 25,29% das vendas nacionais do produto.

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Por:
Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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