Boi: setembro registra o pior resultado para abate bovino dos últimos 4 anos em MT e Brasil deve seguir a mesma tendência

Publicado em 08/10/2021 12:24 e atualizado em 08/10/2021 16:42
Yago Travagini Ferreira - Analista de Mercado da Agrifatto
Analista explica que os atuais valores de R$270/@ pagos pelos frigoríficos paulistas já rentabilizam indústrias de mercado interno, mas que a pressão sobre a arroba deve continuar enquanto a China estiver fora das compras

Podcast

Entrevista com Yago Travagini Ferreira - Analista de Mercado da Agrifatto sobre Mercado do Boi Gordo

Logotipo Notícias Agrícolas

O estado do Mato Grosso registrou o menor volume de animais abatidos em setembro deste ano, sendo o pior resultado dos últimos quatro anos. Com as indústrias cautelosas para negociar novos lotes, o estado foi responsável por abater 327 mil cabeças de gado e isso representa uma queda de 27% comparado ao mês anterior. 

De acordo com o Analista de Mercado da Agrifatto, Yago Travagini Ferreira, a tendência é que esse cenário venha a ser observado nos demais estados produtores. "Os dados a nível nacional apontam que a queda no volume abatido deve chegar em 30% no comparativo mensal entre agosto e setembro”, informou ao Notícias Agrícolas. 

Com a queda no volume de animais abatidos deve ficar em 200 mil cabeças em setembro, o prejuízo em receita deve ficar próximo de um bilhão de reais e o reflexo deve ser sentido nos próximos meses. 

As programações de abate estão sendo preenchidas por animais de confinamento neste período e com as negociações em ritmo lento os pecuaristas estão sendo penalizados. “Uma das estratégias que as indústrias adotaram foi reduzir dias de compras e dar férias coletivas à espera da retomada da China às compras, enquanto os pecuaristas estão deixando os animais por mais tempo na engorda”, destacou. 

Com relação  aos preços da carne ao consumidor, o analista disse que as cotações do dianteiro estão mais próximas da cotação do frango e que os consumidores já estão buscando essa troca de proteína. “O frango se valorizou muito nos últimos meses e vamos observar uma migração de proteína, mas isso não deve se refletir nas desvalorizações da carne. No entanto, devemos ter mais promoções de carne bovina nos mercados”, ressaltou.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário