As alternativas para reduzir custo de alimentação para animais que permanecem além do prazo planejado no confinamento

Publicado em 13/10/2021 12:39 e atualizado em 13/10/2021 15:47
Luiz Orcírio de Oliveira - Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Gado de Corte
Embrapa Gado de Corte lembra que alteração de dieta deve ser recomendada por especialista e vários fatores, além da alimentação, devem ser levados em conta

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Alternativa para alimentação do gado de confinamento

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Com as exportações de carne bovina suspensa para a China, os animais de confinamento estão ficando até 30 dias a mais na engorda e isso tem prejudicado a margem de rentabilidade do pecuarista. Com os preços da alimentação elevados, os produtores precisam adotar estratégias de substituição na dieta dos animais. 

De acordo com o Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Gado de Corte, Luiz Orcírio de Oliveira, a partir do momento que passa do período ideal de abate dos animais de confinamento a lucratividade começa a reduzir. “Quando isso acontece é uma situação muito delicada e que precisa fazer um ajuste na dieta”, comentou. 

O ideal é retirar os alimentos com maior valor energético como o milho e substituir por  casca de soja e polpa cítrica. “A mudança na alimentação deve ser feita aos poucos e com o auxílio de uma equipe para realizar um alinhamento da dieta do animal, pois a substituição deve ser realizada aos poucos”, destacou. 

Oliveira apontou que o ideal é que o pecuarista que destinaria o animal para o mercado externo tente negociar para o consumo doméstico para minimizar os prejuízos. “A cada dia que o animal fica no confinamento mais difícil é de alcançar o resultado máximo do gado”, ressaltou.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • nelson jose camolesi bauru - SP

    Bom dia Sr. Aleksander e Srta. Andressa. Primeiramente temos que levar em conta que não existe facilidade e atualmente nem disponibilidade de alimentos alternativos nem preços menores. Também leve-se em conta que a grande maioria dos confinadores são pequenos produtores e nem assessoria veterinária e nutricional possuem e quando muito seguem a orientação do vendedor do sal que estão usando. Então agora vocês propõem que estes produtores, formem uma EQUIPE para promover uma alteração da dieta. Finalmente o genial conselho de negociar os bois no mercado interno para minimizar o prejuízo não vou nem comentar. Como já disseram : " Seria cômico não fosse trágico".

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Sr Nelson Camolesi, o que o senhor aconselharia então? Poderia nos passar alguma idéia para esse trágico período que estamos atravessando na pecuária de corte brasileira? Já que as outras, como suínos e frangos já vêm passando por dificuldades há muito mais tempo. Eu acho que devemos contribuir e convergirmos para a solução dos problemas. Acredito que eles estão tentando contribuir de alguma forma para esse novo senário que se instalou na pecuária nacional.

      Quero deixar claro que sou um médio produtor de bezerros, especificamente 600 matrizes.

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      SÓ para constar uma das dificuldade que o setor Agropecuária muitas vezes atravessa, quero informar que sou também, produtor de madeira para carvão vegetal. Lembrando que nessa atividade, ficamos no vermelho durante 10 anos. Desde 2009 até 2019. Isso fez com que durante esse período, nós produtores da região, nos comunicávamos e tentávamos encontrar alternativas para amenizar os prejuízos. Não resolveu, mas ajudou bastante a amenizar os prejuízos com as alternativas estratégicas que encontramos.

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    • nelson jose camolesi bauru - SP

      Sr. Aloisio Brito. Também para deixar claro, sou Engº Agronomo, formado pela ESALQ, trabalho no ramo da madeira há 40 anos, reflorestando e industrializando madeira. Também trabalho com pecuária com confinamento. Não discordo quando diz que devemos contribuir para a solução dos problemas, mas não é com conselhos sem nenhuma viabilidade que vamos solucionar problemas Concordo também que meu comentário a respeito do artigo não foi nada agradável, porém não posso aplaudir aqueles que se prestam a dar conselhos sem conhecimento de causa. Tenho certeza que se eu tivesse aplaudido o Sr. não teria se incomodado em me responder.

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Sr Nelson, de forma alguma tive a intenção de fazer os comentários aleatoriamente e com a intenção de ser reativo. Imaginei que o senhor era ou um criador ou confinador (muito similar) e com respaldo técnico.

      Se tivesse sido algo que realmente eu descordasse do artigo, pode ter certeza que eu me pronunciaria, quando tenho a oportunidade. Muitas vezes achamos até muito desnecessário alguns artigos e repetitivo alguns esclarecimentos técnicos, porque acredito que como o senhor, ja temos uma boa estrada rodada nesse assunto. Mas acredito que existem muitas pessoas que muitas vezes não tiveram a nossa oportunidade e precisam de alguma luz no fim do túnel. Nós dois sabemos quantos criadores por aí não saíram ou não puderam ter informações que os auxiliassem em momentos muito difíceis da atividade.

      Quando pergunto, eu realmente queria saber se o senhor teria algo para nos auxiliar, ja que estamos ávidos por novidades nesse momento.

      Me desculpe algum equívoco que eu tenha causado.

      A ESALQ pra mim sempre foi uma fonte de informação técnica muito importante. Legal saber a sua referência de formação. Fiz vários cursos técnicos de curtos períodos no centro de treinamento zootécnico e participei de vários simpósios nessa instituição. Parabéns pela escolha e formação em uma das melhores Universidades agronômicas da América Latina.

      Pois é, então, estamos aí para contribuir e aprender.

      Obrigado pela disposição de responder. E vamos que vamos.

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    • nelson jose camolesi bauru - SP

      Prezado Sr. Aloísio Brito. Realmente estamos vivendo um momento preocupante na pecuária de corte, especiamente para quem confina e está com bois prontos para abater. Não vejo solução minimamente viável para reverter os prejuízos que a meu ver ainda vão se avolumar nos próximos dias. A curto prazo, nem a volta das das compras pela China vão reverter este quadro. o único conselho que acredito possa ser útil é para aqueles que apresar dos prejuízos ainda pensam em continuar na atividade. Então aqui vão algumas dicas:

      1- Se você é um novato na atividade, desconfie daqueles que só falam maravilhas a respeito. Muito longe de ser um mar de rosas a atividade esta mais para uma tarefa complexa e que exige muito mas muito conhecimento sobre comportamento bovino, alimentos, manejo e compra de gado e dos insumos necessários.

      2- Não caia na tentação de achar que vai ter sucesso repassando as tarefas para modalidade de Boitel. Ainda não encontrei em nenhum momento qualquer Boitel que cobre uma diária compatível com resultado positivo no final da engorda.

      3- Faça contas sempre no presente. Nunca compre um gado acreditando que vai vende-lo a preços maiores da arroba na hora da venda, pois se isto ocorrer o preço da reposição tambem estará mais alto e você não vai conseguir repor a mesma quantidade inicial de cabeças.

      4- Procure orientação técnica. Nunca siga orientação de vendedor de sal.

      Enfim, poderia citar mais algumas mas não quero me estender por mais.

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